terça-feira, 8 de abril de 2014

Gil Vicente-Belenenses, 0-1 (crónica)

Belém dá sinais de vida e estraga festa ao Gil

Por Bruno José Ferreira       6 de Abril às 18:19
Gil Vicente-Belenenses, 0-1 (crónica)
Ao fim de oito jornadas sem vencer o Belenenses voltou a sorrir no principal escalão do futebol português e dá sinais de vida no que à luta pela manutenção diz respeito. Venceu por uma bola a zero em Barcelos com um golo de Miguel Rosa na fase inicial do encontro.

O Gil Vicente podia desde já garantir a permanência na Liga, diante de um rival, mas acusou o toque e esteve uns furos abaixo daquilo que é capaz de fazer. 

Confira a ficha de jogo e as notas dos jogadores

Jogou mais com o coração do que com a cabeça e, apesar do domínio do jogo, foi muito inconsequente. Permitiu a primeira vitória da era Lito Vidigal em Belém e ainda não se livra da calculadora.

Pelo terceiro jogo consecutivo sem César Peixoto, João de Deus armou o terceiro meio campo diferente, desta vez sem poder contar com o contributo de Luís Silva. Caetano continuou a jogar como armador de jogo, enquanto que o defesa Peks acompanhou Keita no miolo.

Do lado do Belenenses, Lito Vidigal operou três substituições no seu conjunto, sendo a aposta em Tiago Caeiro no ataque a mais notória.

Belenenses de laboratório pragmático em Barcelos

Em causa no Cidade de Barcelos estava a luta pela manutenção. Um Gil tranquilo e poder dispensar desde já a calculadora media forças com o aflito Belenenses. Este estigma não se sentiu e parecia ser a equipa da casa a jogar com a «corda na garganta», de forma atabalhoada e quase sempre sem um rumo definido.

Com muito pragmatismo, sem grandes aflorados e tentando espreitar qualquer hipótese de alvejar a baliza de Adriano Facchini, cedo o Belenenses mostrou ao que vinha. O encontro começou praticamente com um pontapé de canto perigoso dos homens de Belém. Um aviso para o Gil: Miguel Rosa chegou atrasado ao segundo poste, mas o lance era estudado e quase deu certo.

O Gil não entendeu o aviso e ficou em desvantagem ao minuto 24, quando o mesmo Miguel Rosa apareceu novamente ao segundo poste para encostar. O mesmo Rojas bateu o pontapé de canto, que sofreu um desvio no coração da área antes de chegar ao poste mais distante. Desta vez Miguel Rosa já não apareceu atrasado e numa jogada de laboratório confirmou o pragmatismo dos azuis do Restelo.

Gil sem alma para importunar Matt Jones

Para o segundo tempo os dois técnicos dispuseram apenas de um substituição. No primeiro tempo foram forçados a fazer três alterações devido a lesão, duas para o Belenenses e uma para o Gil. Ao intervalo João de Deus operou a sua segunda substituição, desta vez de ordem estratégica. Leandro Pimenta entrou para tentar dar mais acutilância ao meio campo.

O conjunto de Barcelos instalou-se no meio campo adversário e assumiu as rédeas do jogo. O Belenenses deixou; foi um domínio consentido dos homens do Restelo para depois esboçarem o contra-ataque. A estratégia de Lito Vidigal resultou e o Belenenses conseguiu controlar as operações.

É certo que os homens de Barcelos tiveram mais bola, mais alma e mais ímpeto ofensivo, mas faltou discernimento aos pupilos de João de Deus. Faltou o pragmatismo que esteve do outro lado e que valeu os três pontos e a consequente injeção de confiança para o Belenenses na luta pela fuga à despromoção.
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