segunda-feira, 6 de outubro de 2014

Belenenses-V. Setúbal, 1-1 (crónica)

Energia «azul» só deu empate

Por Ricardo Gouveia       ontem às 22:21
Belenenses-V. Setúbal, 1-1 (crónica)
Belenenses e Vitória de Setúbal empataram no fecho da 7ª jornada, num jogo em que a equipa do Restelo procurou assumir desde o início, mas que teve de deixar tudo em campo para resgatar um ponto depois do Vitória ter ganho vantagem na marcação de uma grande penalidade. A equipa de Domingos Paciência nunca esteve tão perto do primeiro triunfo longe do Bonfim, mas a verdade é que se o tivesse conseguido esta noite seria uma tremenda injustiça ao esforço da equipa de Lito Vidigal.

Confira a FICHA DO JOGO

O Belenenses procurou assumir desde cedo as rédeas do jogo, com Bruno china e o regressado Rodrigo Dantas destacados às frente da defesa e atrás de um Sturgeon muito ativo que comandava o apoio direto a Deyverson com a ajuda de Fredy e Camará sobre as alas. O Vitória entrou mais na expetativa, com um meio-campo bem, povoado com Dani, João Shmidt e Paulo Tavares e um ataque talhado para o contra-ataque, com Miguel Pedro, Zequinha e Manú sempre preparados para arrancar em velocidade.

A equipa do Restelo, com mais bola, não conseguia provocar desequilíbrios na área sadina, e só lá chegava em lances de bola parada, quase sempre pelos pés de Rodrigo Dantas. Num pontapé de canto, Fredy esteve muito perto de abrir o marcador, depois de recuperar uma bola perdida, mas logo a seguir, foi o Vitória que se colocou em vantagem, na sequência de um lance confuso na área do Belenenses, em que Bruno China desviou uma bola com o braço. O movimento parece involuntário, mas Jorge Ferreira não teve dúvidas e João Schmidt atirou a contar desde a marca dos onze metros.

O Belenenses procurou aumentar o ritmo de imediato, mas continuava a sentir muitas dificuldades para invadir a área de Ricardo Batista, com Ricardo Dani, implacável, a varrer toda a zona frontal e François a ganhar todos os duelos aéreos na área. Deyverson ainda teve uma oportunidade para empatar, na sequência de um canto de Rodrigo Dantas, mas foi o Vitória que esteve mais perto do segundo golo antes do intervalo, numa investida de Zequinha pela direita a que Miguel Pedro chegou atrasado por centímetros.

Tudo por tudo nos pés de Deyverson

O intervalo chegou com uma ligeira sensação de injustiça no marcador. O Belenenses tinha suado mais e estava a perder. A verdade é que os «azuis» entraram de dentes cerrados para a segunda parte, decididos a mudar o resultado diante de um Vitória mais recuado. Rodrigo Dantas, na marcação de um livre, deu o primeiro sinal, atirando colocado, obrigando Ricardo Batista à defesa da noite, junto à barra. O jogo estava agora mais intenso do que nunca, mas uma lesão de Pedro Queirós obrigou a uma primeira de muitas paragens que deixou os adeptos do Restelo em polvorosa.

A equipa de Vidigal procurava manter o ritmo intenso, enquanto o Vitória fechava todos os caminhos. Foi Fredy que acabou por arrombar o cofre sadino, numa jogada de insistência e um remate rasteiro. A bola sofreu um desvio caprichoso na bota de Pedro Queirós, deixou Kiko fora do lance e Deyverson em posição privilegiada para atirara a contar. O Belém respirava de alívio.

O que chegou a parecer impossível, estava feito e agora era repetir a receita à procura da vitória, mas boa parte da energia azul tinha ficado esgotada na procura do empate. Lito Vidigal ainda tentou refrescar a equipa para o último assalto e os últimos minutos do jogo foram frenéticos, com o Vitória a responder as investidas azuis com rápidos contra-ataques, mas o resultado não voltou a sofrer alterações.

O Vitória continua sem vencer longe de casa, enquanto o Belenenses vai somando pontos e, nesta altura, tem mais sete do que tinha há um ano.
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