Cientistas afirmam que não há progresso sem testes de remédios em animais
Ativistas querem que bichos não sofram. Espécies usadas vão de vacas a camundongos
Rio - Quanto vale a vida de um animal? É justo usar bichos para experiências científicas? O resgate dos beagles do Instituto Royal, realizado por ativistas no último dia 18, colocou o país para discutir o tema. Cientistas dizem não haver forma de acabar com os testes. Já os ativistas procuram defender os bichos de eventuais maus-tratos. A realização dessas pesquisas foi determinante para o desenvolvimento de remédios contra varíola, artrite, e infecções bacterianas, além de técnicas como a tomografia computadorizada e o cateterismo cardíaco. O que fazer para conciliar avanço da Ciência com respeito aos animais?
Segundo Hugo Caire, vice-diretor de pesquisa do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), “não é possível progresso científico sem o uso de animais.” Ele argumenta que o uso de produtos como medicamentos e cosméticos nos seres humanos seria perigoso sem prévia experimentação animal. “Parece que os animais são torturados, mas não é nada disso. Há uma regulamentação.” Ele se refere à lei 11.274, de 2008, que regulamenta o uso de animais para fins da Ciência e criou o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea). O texto restringe o uso de bichos apenas aos casos em que não há outra alternativa.
A notícia de que os beagles resgatados do Instituto Royal tinham cortes nas línguas e picadas aumentou a procura de pessoas interessadas em adotar animais da raça. “Após o episódio do instituto, muita gente viu meu número e me ligou procurando cães de lá para adoção. Foi uma forma radical de ação (o resgate), mas vidas estavam em jogo”, opina João Queiróz, dono de canil em Niterói. Criador de beagles para vendas há 19 anos, ele tem 12 cães, todos à espera de um comprador. “São animais de porte médio, fácil manuseio, não precisa tosa, são dóceis e custam pouco”, defende.
Segundo Hugo Caire, vice-diretor de pesquisa do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), “não é possível progresso científico sem o uso de animais.” Ele argumenta que o uso de produtos como medicamentos e cosméticos nos seres humanos seria perigoso sem prévia experimentação animal. “Parece que os animais são torturados, mas não é nada disso. Há uma regulamentação.” Ele se refere à lei 11.274, de 2008, que regulamenta o uso de animais para fins da Ciência e criou o Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea). O texto restringe o uso de bichos apenas aos casos em que não há outra alternativa.
Alternativas
No Brasil e no mundo, outros métodos vêm sendo testados para diminuir o número de pesquisas com animais. Octávio Presgrave, coordenador do Centro Brasileiro para Validação de Métodos Alternativos, relata que pelo menos 15 grupos atuam no país. “Há áreas em que não há necessidade de animais. Por exemplo, para remédios contra irritação cutânea, já existe a pele reconstituída”, conta. Outro exemplo são medicamentos para irritação ocular: é possível usar olhos de bois já abatidos para obtenção de carne.
Envolvida no resgate dos cães do Instituto Royal, a apresentadora Luísa Mell, há 11 anos ativista da causa dos animais, tolera o uso de bichos para pesquisa de remédios, desde que “sejam usados com justificativas verdadeiras, como prevê a lei.” Já para cosméticos, ela é totalmente contrária à utilização de cobaias, e milita a favor da identificação dos produtos que foram criados com testes em animais. “Não acho que seres considerados inferiores possam ser sacrificados”, diz.A notícia de que os beagles resgatados do Instituto Royal tinham cortes nas línguas e picadas aumentou a procura de pessoas interessadas em adotar animais da raça. “Após o episódio do instituto, muita gente viu meu número e me ligou procurando cães de lá para adoção. Foi uma forma radical de ação (o resgate), mas vidas estavam em jogo”, opina João Queiróz, dono de canil em Niterói. Criador de beagles para vendas há 19 anos, ele tem 12 cães, todos à espera de um comprador. “São animais de porte médio, fácil manuseio, não precisa tosa, são dóceis e custam pouco”, defende.
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