Editorial: A tragédia do resgate de presos
A tentativa de resgatar bandidos do Fórum de Bangu, em plena luz do dia de uma quinta-feira, acabou em mais uma tragédia que transtornou o Rio
Rio - A tentativa de resgatar bandidos do Fórum de Bangu, em plena luz do dia de uma quinta-feira, acabou em mais uma tragédia que transtornou o Rio. Foram mortos a tiros o menino Kayo da Silva Costa, de 8 anos, e o sargento PM Alexandre Rodrigues de Oliveira, e duas pessoas ficaram feridas. Aos parentes das vítimas fica a imensa dor pela perda; à sociedade, sentimento de impotência e solidariedade; e ao Estado, a obrigação de apurar os fatos com eficiência e punir.
Triste episódio deixa à reflexão das autoridades policiais e da Justiça a discussão sobre mecanismos que tornem mais seguras as oitivas nos tribunais de integrantes de facções criminosas presos. E é marcado por um conjunto de erros.
É inadmissível que a Secretaria de Administração Penitenciária, a quem cabe a responsabilidade pela guarda do preso, não tenha informado à comarca da periculosidade da testemunha. Nem tampouco ter reforçado a segurança do detento. E mais. Em pleno Século XXI, por que o sistema de videoconferência, que permite testemunhos sem sair da cadeia, não é ampliado e utilizado?
O que não pode é o deslocamento de criminosos perigosos da prisão para depoimento em fóruns transformar-se em risco iminente à população. Só este ano, além da tragédia de Bangu, dois ataques de bandos fortemente armados a comboios de presos levaram pânico a motoristas e pedestres, deixando um agente penitenciário morto. Quantas pessoas terão que morrer para que medidas sejam tomadas para acabar com mais essa ameaça do crime organizado que paira sobre a cidade?
Triste episódio deixa à reflexão das autoridades policiais e da Justiça a discussão sobre mecanismos que tornem mais seguras as oitivas nos tribunais de integrantes de facções criminosas presos. E é marcado por um conjunto de erros.
É inadmissível que a Secretaria de Administração Penitenciária, a quem cabe a responsabilidade pela guarda do preso, não tenha informado à comarca da periculosidade da testemunha. Nem tampouco ter reforçado a segurança do detento. E mais. Em pleno Século XXI, por que o sistema de videoconferência, que permite testemunhos sem sair da cadeia, não é ampliado e utilizado?
O que não pode é o deslocamento de criminosos perigosos da prisão para depoimento em fóruns transformar-se em risco iminente à população. Só este ano, além da tragédia de Bangu, dois ataques de bandos fortemente armados a comboios de presos levaram pânico a motoristas e pedestres, deixando um agente penitenciário morto. Quantas pessoas terão que morrer para que medidas sejam tomadas para acabar com mais essa ameaça do crime organizado que paira sobre a cidade?
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