Avaliação: como anda a nova Fiat Strada
Veja o que oferece a renovada picape leve e sua situação no mercado nacional
Una (Bahia) - O conhecido e batido ditado ‘em time que se está ganhando não se mexe’ cai por terra quando o assunto é a Fiat Strada. Afinal, para manter a liderança no segmento de picapes compactas, a marca resolveu inovar e passou a adotar uma terceira porta na versão com cabine dupla do modelo — está presente na Working, Trekking e na topo de linha Adventure.
Mas viajar lá atrás ainda pode ser cansativo em longos trechos. Isso porque o espaço é exíguo e comportam apenas dois adultos com menos de 1,80 metros. Além disso, as pernas vão grudadas na parte traseira do banco dianteiro, o que gera desconforto a bordo — cabeça algumas vezes pode encostar no teto.
Já quem viaja na frente não sofre. A Strada mantém ergonomia na medida certa. Foi o que constatamos nas três diferentes versões testadas da picape. Afinal, tanto a Working, a Trekking e a Adventure contavam com ajustes de altura do banco do motorista. Assim, fica fácil encontrar posição de dirigir confortável, com comandos ao alcance das mãos — na Working não há coluna de direção ajustável em altura e bem que poderia ter ajuste de profundidade na Trekking e na Adventure.
Nos cerca de 50 km com cada uma das versões, percebemos que alguns predicados da Strada foram mantidos. Um deles é o isolamento acústico. Outro ponto positivo são os materiais plásticos e emborrachados que não apresentam rebarbas aparentes e são agradáveis ao toque. Um senão é a retrovisão, que é atrapalhada por uma das barras de proteção do vidro traseiro, que obstrui a visão.
Sem caronas ou malas ou objetos na caçamba, as motorizações responderam satisfatoriamente. Mesmo o propulsor 1.4 l da Working, com 86 cv de potência máxima, não decepcionou. Valente, entregava respostas rápidas para retomadas seguras. Também se garante bem o 1.6 l da Trekking. Com 117 cv, a unidade está sempre pronta às exigências do motorista. Já na Adventure, o 1.8 l com 132 cv é ágil nas acelerações e, quando solicitado, tem fôlego para ultrapassagens sem sustos.
Contribui também para o desempenho vigoroso das motorizações o câmbio manual bem escalonado de cinco marchas — não andamos na versão Dualogic da Adventure. Um problema da transmissão, contudo, é que os engates são um pouco imprecisos, com uma certa folga nos encaixes.
No quesito suspensão, todas as três versões mantiveram a boa calibração. O conjunto é capaz de absorver com louvor as irregularidades do asfalto e dos pequenos trechos de terra com diversos buracos. Incômodo mesmo só o comportamento nas curvas, onde a carroceria insiste em oscilar mais do que o conveniente, o que gera certo desconforto ao motorista.
A Fiat Strada é líder no segmento de picapes compactas — há treze anos é a primeira do ranking. Segundo a Fenabrave, entre janeiro e setembro de 2013 são mais de 95.777 emplacamentos, com 50,99% de participação. Em segundo, a Volkswagen Saveiro, com 53.585 unidades vendidas e 28,53%.
Na terceira posição fica a GM Montana, com 34.559 unidades e participação de 18,40% no período. O quarto lugar é ocupado pela Ford Courier, já descontinuada, mas com 3.040 emplacamentos e 1,62%, índice mais alto que o da Peugeot Hoggar, que em 2013 vendeu só 566 unidades e obteve 0,30%.
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