Prefeitura terá de dar tratamento a menino doente
Justiça determina que criança tenha estrutura hospitalar em casa
Rio - A vida do pequeno João Pedro dos Santos Araújo ganhou um sopro de esperança. Depois de uma longa briga judicial com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), a família do menino de 4 anos que sofre de atrofia muscular — doença que o impede de andar, sentar, se alimentar e respirar normalmente — conseguiu que ele receba assistência médica em casa. O custo do tratamento é de R$ 9.983 por mês. Por ano, os pais teriam que desembolsar cerca de R$ 120 mil.
Ontem, a SMS fez a licitação para contratar a empresa que montará home care (estrutura hospitalar em casa) para João Pedro. Pela decisão judicial, o menino tem direito também a medicamentos, a um técnico de enfermagem todos os dias, um enfermeiro uma vez por mês, um médico o visitando a cada 15 dias e um fisioterapeuta três vezes por semana.
A doença de João Pedro é degenerativa e de origem genética. Os primeiros sintomas aparecem quando a criança tinha 1 ano e meio.“Há três anos, larguei meu emprego de copeira, porque meu filho precisa de mim 24 horas. Não temos condições de manter o tratamento dele. Meu marido ganha cerca de R$ 1 mil. João Pedro fica o dia todo na cama, respira com ajuda de aparelho e precisa de alimentação especial. Foram quase dois anos para conseguir essa ajuda. Demorou, mas valeu a pena”, desabafa a mãe, Maria Conceição Gomes dos Santos, 27 anos.
Segundo a prefeitura, o processo na secretaria, desde a notificação judicial, tem cerca de 10 meses. “Esse tempo se deve a uma alteração nas especificações do home care indicado”, afirmou, em nota, a SMS. A secretaria informou ainda que tem outros 15 mandados judiciais para fornecimento de home care, para pacientes com diferentes doenças. Desses, oito já foram atendidos.
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