Um artilheiro fora de série

Atacante Bruno Rangel sai do banco da Chapecoense para se tornar o maior goleador das duas principais divisões do Campeonato Brasileiro

HUGO PERRUSO

Santa Catarina - O maior goleador das Séries A e B do Brasileiro, com 27 gols, desbancando nomes badalados como Fred, Pato, Luis Fabiano e Forlán, Bruno Rangel contou com a sorte e a competência para dar uma virada na sua trajetória de sucesso na Chapecoense. Antes de desandar a fazer gols (já são 30 na temporada), o atacante de 31 anos amargou a reserva no Estadual e pouco jogou. Tudo mudou dias antes do início da Segundona e agora é até cobiçado por clubes da elite.

Bruno Rangel: rotina de gols rumo à Série A com a Chapecoense

Foto:  Divulgação

“A ficha não caiu ainda. Tenho que aproveitar porque vai ficar marcado”, afirmou.

Com passagem por clubes pequenos (no Rio atuou por Macaé, Bonsucesso e Goytacaz), Bruno só jogou quatro partidas em cinco meses de Chapecoense, e fez três gols. O titular era Rodrigo Gral, que foi vice-artilheiro do Catarinense. Mas o experiente atacante pensava em se aposentar e se afastou por dez dias. Foi a chance de Bruno, que jogou na estreia da Série B e marcou dois gols na vitória de 4 a 1 sobre o Boa Esporte. O artilheiro então não parou mais: em seis rodadas já tinha nove gols.
“Faltava uma chance. Adquiri confiança e as coisas foram indo. Esses 10 dias que o Gral pediu foram cruciais para mim”, contou Bruno.
Com 27 gols em 26 jogos na Série B, Bruno tem 12 a mais do que Ederson, artilheiro da Série A. O aproveitamento surpreendente o deixou também como maior goleador do Brasil, empatado com Magno Alves (até o fechamento da edição a partida do Ceará não havia terminado). Mas o concorrente jogou mais por conta do Estadual. “Sinceramente, não imaginava. É um ano que mudou muita coisa”, disse o atacante, que teve propostas de Ponte Preta, Atlético-PR e Corinthians.
Como não foi liberado, Bruno só pensa em fazer mais para ajudar a Chapecoense a conseguir o acesso à Série A: “Quero chegar a 38 gols. A meta é ousada. Mas, se a média continuar, eu consigo.”

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