domingo, 13 de outubro de 2013

Papa Francisco nomeia brasileiro

Papa Francisco nomeia brasileiro

Ilson de Jesus Montanari, 54 anos, é o novo secretário da Congregação para os Bispos

O DIA
Cidade do Vaticano - O Papa Francisco nomeou ontem o monsenhor brasileiro Ilson de Jesus Montanari como novo secretário da Congregação para os Bispos. É o segundo cargo mais importante da Congregação, que tem como prefeito o cardeal canadense Marc Ouellet, que foi indicado por Bento XVI. O brasileiro, que já era oficial da Congregação e a partir de agora recebe o título de arcebispo, substitui o cardeal Lorenzo Baldisseri, que foi nomeado recentemente responsável pela Secretaria-Geral do Sínodo.
Papa Francisco (D) cumprimenta o cardeal Angelo Sodano em evento
Foto:  Reuters
Montanari, de 54 anos, nasceu em Sertãozinho, São Paulo, e se formou em teologia na Pontifícia Universidade Gregoriana de Roma. Foi ordenado sacerdote em 18 de agosto de 1989 após desempenhar vários cargos no Brasil. Ensinou teologia no Centro de Estudos da Arquidiocese de Ribeirão Preto e no seminário de Uberaba, e foi coordenador da pastoral da Arquidiocese de Ribeirão Preto.
Entre 2002 e 2004, o religioso brasileiro fez cursos de teologia dogmática em Roma. Desde 2008, ele é funcionário da Congregação.
A nomeação de Montanari é mais uma das mudanças que o Papa Francisco tem promovido na Cúria Romana, como a indicação em agosto de Pietro Parolin como Secretário de Estado, no lugar de Tarcisio Bertone.
Entre outras funções, a Congregação é responsável pelo trabalho de triagem dos padres que serão nomeados bispos. A instituição também acompanha o trabalho dos bispos e da organização das conferências episcopais.
Ainda ontem, durante encontro realizado no Vaticano, o Papa Francisco fez um discurso em que considerou que o papel da mulher na Igreja não é de servidão, mas de serviço. “Sofro, digo a verdade, quando vejo, na Igreja ou em algumas organizações eclesiásticas, que o papel do serviço da mulher fica relegado ao papel de servidão”.
O Pontífice ainda acrescentou que gostava de pensar que a Igreja não era masculina, mas feminina.
“A Igreja é uma mulher, uma mãe, isso é o bonito, deveriam meditar sobre isso”, disse o Papa aos cerca de 150 participantes do evento.

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