Leilões de reservas fazem dólar cair 2,3%, a R$ 2,36
Variação da moeda dos EUA já aumenta, porém, produtos de primeira necessidade. Banco Central fará leilões de suas reservas até o fim do ano para segurar a cotação
Um dos setores mais prejudicados, afirma, é o de turismo, por se tratar de bem cada vez mais essencial à classe média, embora altamente influenciado pela cotação. “Quem viajou parcelando no cartão de crédito, está pagando valores altos”, frisou. E esse grupo não é pequeno. Segundo dados divulgados ontem pelo BC, mesmo com a alta do dólar, os gastos de brasileiros no exterior bateram recorde em julho. As despesas somaram US$ 2,214 bilhões, contra US$ 2,010 bilhões em julho de 2012 e US$ 2,235 bilhões no mesmo mês de 2011.
“Passagens aéreas encareceram”
“As passagens aéreas também encareceram por conta do dólar. Para destinos internacionais, elas tiveram reajuste de 28%”, explicou Bolzan, que é professor de economia do Instituto de Desenvolvimento e Estudos de Governo (IDEG).
Ele esteve na europa em junho para pesquisar a crise do Euro. “A fuga de dólares do Brasil se dá, em partes, pela retomada das economias americana e européia”, diz, explicando que os investidores estão retornando ao continente de origem.
A elevação do dólar faz com que o empresariado cancele a compra de máquinas e quipamentos (bens de capital). Esta ação tem reflexo imediato no Produto Interno Bruto (PIB), pois, se a produção diminui, o país cresce menos.
Quando o BC promove um leilão de dólares, ele faz uma swap (permuta), ou operação de troca quanto ao risco e rentabilidade, entre investidores. O cambial é a troca de taxa de variação cambial (preço) por taxa de juros pós-fixados.
Para o economista, a população deve buscar alternativas para adquirir bens e serviços a preços mais baratos. “Enquanto uns setores são obrigados a reajustar preços, outros desenvolvem atrativos para captar esta parcela de consumidores.
É o caso das aéreas. Por conta da elevação dos preços, bem como dos pacotes de viagens, as viações começam a vislumbrar um possível aumento da demanda. “As viagens rodoviárias são, agora, a melhor alternativa”, aposta Henrique Rangel, da Embarcou.com.
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