O útero da maioria das mulheres é naturalmente fletido sobre a bexiga. Entretanto, uma parcela dos indivíduos pode apresentam o útero voltado para a parte de trás, recebendo a denominação de invertido, reverso ou retrovertido. Esclareças as principais dúvidas sobre o assunto e saiba mais sobre o útero invertido.
O QUE O ÚTERO RETROVERTIDO REPRESENTA
Uma em cada cinco mulheres apresenta o útero retrovertido, e essa condição não é considerada um defeito e sim uma variação anatômica, que geralmente não interfere em nada na condição física da mulher.
Até pouco tempo, receber o diagnóstico de útero invertido era considerado um problema, especialmente pelas mulheres que desejavam engravidar. Pouco se sabia sobre o assunto e outras condições que poderiam acabar dificultando uma gestação, e todos os problemas acabavam sendo atribuídos a essa variação anatômica. Com a evolução das pesquisas, atualmente essa crença caiu por terra.
O maior inconveniente para mulheres com útero invertido e que é cientificamente comprovado é uma maior probabilidade de desenvolver endometriose, uma vez que a posição que o órgão assume acaba dificultando o escoamento da menstruação pelo colo do útero. Entretanto, é necessário deixar claro que nem toda mulher com útero retrovertido apresentará endometriose, e muito menos que as mulheres portadoras de endometriose possuem o útero invertido.
A GRAVIDEZ DA MULHER COM ÚTERO INVERTIDO
Existem dois tipos de útero invertido:
- Útero retrovertido móvel
Na maioria dos casos, as portadoras desse tipo de útero não apresentam nenhum tipo de sintomas. Em algumas situações podem ocorrer sintomas eventuais, como dor fraca no período menstrual e pós-menstrual, além de uma sensação desagradável em algumas posições sexuais. A gestação de mulheres com esse tipo de útero prossegue sem intercorrências.
- Útero retrovertido fixo
Esse tipo de útero é capaz de provocar sintomas como dor crônica na região lombo-sacra ou pélvica, dor que aparece durante o ato sexual e pode durar por horas, cólicas menstruais muito fortes, dor durante as evacuações e ao urinar.
As gestantes que apresentam esse tipo de útero podem desenvolver retenção urinária entre o terceiro e quarto mês. Passado esse período, os sintomas desaparecem e tudo transcorre normalmente.
O útero retrovertido é uma variação anatômica bastante frequente, que já foi considerada uma causa de infertilidade. Com os estudos sobre o assunto, atualmente sabe-se que essa condição não impede a gravidez, sendo que as portadoras do útero retrovertido fixopodem apresentar retenção urinária nos primeiros meses de gestação, com resolução espontânea.
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