quinta-feira, 6 de novembro de 2014

OS BELENENSES...!!!

Muito azul entre os quadradinhos

Belenenses-Boavista, 3-1 (crónica)

Tantas saudades. Belenenses e Boavista, os únicos emblemas que já foram campeões, além dos três grandes, voltaram a cruzar-se ao mais alto nível ao fim de seis anos, num jogo que teve todos os condimentos de um clássico, limitado às ambições dos dois clubes na atualidade, em que os «azuis» confirmaram o bom momento, com uma vitória categórica debaixo de um verdadeiro dilúvio que lhes permitiu ultrapassar o Sporting na classificação. Destaque para os dois golos de Deyverson que, desta forma, alcançou Jackson e Mazzou, com sete golos, e fica a apenas um de Talisca na lista dos melhores marcadores.
O clássico começou nas bancadas ainda antes da bola começar a rolar, com troca de insultos entre adeptos a deixar claro que, apesar de tudo, a rivalidade entre os dois emblemas que lutam pelo estatuto de «quarto grande» continua bem presente. Petit tinha anunciado, de forma convicta, que era esta noite que o Boavista ia alcançar a primeira vitória fora de casa e a verdade é que a equipa do Bessa entrou bem no jogo, com um bloco alto a colocar muitas problemas ao Belenenses que sentia dificuldades em sair a jogar. Um erro de João Meira proporcionou a primeira oportunidade a Uchebe que se destacou diante de Matt Jones, mas o avançado nigeriano permitiu a interceção do guarda-redes dos «azuis».
A chuva aumentou de intensidade, tal como o jogo, com o Belenenses a subir também em bloco e a obrigar o Boavista a refrear o ímpeto inicial. Com Miguel Rosa a voar no flanco esquerdo, nasceu o primeiro golo do jogo, aos 14 minutos, com o médio a cruzar tenso. Sturgeon não chegou na zona central, mas Deyverson, com toda a calma do mundo, atirou a contar. Uma vantagem que não durou mais de dois minutos. Bola ao centro e o Boavista empatou depois de um erro crasso de Bruno China que lançou Brito para o golo do empate. O jogo estava quente, com parada e resposta no relvado, e a contínua troca de insultos nas bancadas, mas o Belenenses estava claramente a crescer.
O Boavista ainda teve uma oportunidade para passar para a frente no marcador quando Zé Manuel desceu pela direita e cruzou tenso. Gonçalo Brandão cortou a bola, mas quase traiu Matt Jones que teve de se esticar para evitar o autogolo. Foi o último suspiro dos «axadrezados» que, até aqui, tinham feito valer o maior poderio físico (com a estreia de Reuben Gabriel ganharam ainda mais uns centímetros). Mas o Belenenses, nesta altura, já era mais equipa. Enquanto a equipa do Bessa afunilava todo o jogo para Uchebe, os «azuis» abriam uma frente de ataque alargada com Fredy, Sturgeon e Miguel Rosa no apoio a Deyverson.
Com mais dois golos de rajada a superioridade do Belenenses passou a traduzir-se, com lógica, no marcador. O primeiro, aos 30 minutos, surgiu numa iniciativa de Sturgeon que percorreu toda a zona frontal para entregar o golo a Deyverson que, com um remate seco e colocado, passou a destacar-se no segundo lugar da lista dos melhores marcadores da Liga. O segundo, quatro minutos depois, saiu outra vez dos pés de Sturgeon que desceu até à linha e cruzou com peso e medida para a cabeçada certeira de Miguel Rosa.
Gestão em tons de azul
Os «azuis» tinham agora o jogo totalmente sob controlo, até porque o Boavista desequilibrou-se nos minutos seguintes, procurando nova reação, diante de um adversário que já estava em «modo» contra-ataque, procurando explorar o muito espaço que a equipa dos «quadradinhos» deixava no seu meio-campo defensivo.
O Boavista voltou a entrar forte na segunda parte, com uma equipa aguerrida, à imagem do seu treinador, mas sem conseguir incomodar o adversário que agora jogava sem pressa, com um futebol pensado. O jogo perdeu o fulgor da primeira parte, com um Belenenses a gerir e um Boavista demasiado dependente das iniciativas de Brito que ainda esteve perto de reduzir, num lance individual, mas que nunca exibiu argumentos para poder nivelar o resultado. Tal como na primeira parte, os «azuis» voltaram a crescer e, até final, podiam ter marcado mais golos. O jogo já não teve o fulgor da primeira parte e só aqueceu nas bancadas, com problemas entre adeptos do Boavista e a polícia.
Uma vitória que lança o Belenenses para um surpreendente quarto lugar, de braço dado com o Paços de Ferreira e à frente do Sporting, enquanto Boavista continua lá por baixo, com apenas sete pontos e sem a perspetiva de melhoras a curto prazo.
Por Ricardo Gouveia
Capturar1logo

Belenenses-Boavista, 3-1 (crónica)

Tantas saudades. Belenenses e Boavista, os únicos emblemas que já foram campeões, além dos três grandes, voltaram a cruzar-se ao mais alto nível ao fim de seis anos, num jogo que teve todos os condimentos de um clássico, limitado às ambições dos dois clubes na atualidade, em que os «azuis» confirmaram o bom momento, com uma vitória categórica debaixo de um verdadeiro dilúvio que lhes permitiu ultrapassar o Sporting na classificação. Destaque para os dois golos de Deyverson que, desta forma, alcançou Jackson e Mazzou, com sete golos, e fica a apenas um de Talisca na lista dos melhores marcadores.
O clássico começou nas bancadas ainda antes da bola começar a rolar, com troca de insultos entre adeptos a deixar claro que, apesar de tudo, a rivalidade entre os dois emblemas que lutam pelo estatuto de «quarto grande» continua bem presente. Petit tinha anunciado, de forma convicta, que era esta noite que o Boavista ia alcançar a primeira vitória fora de casa e a verdade é que a equipa do Bessa entrou bem no jogo, com um bloco alto a colocar muitas problemas ao Belenenses que sentia dificuldades em sair a jogar. Um erro de João Meira proporcionou a primeira oportunidade a Uchebe que se destacou diante de Matt Jones, mas o avançado nigeriano permitiu a interceção do guarda-redes dos «azuis».
A chuva aumentou de intensidade, tal como o jogo, com o Belenenses a subir também em bloco e a obrigar o Boavista a refrear o ímpeto inicial. Com Miguel Rosa a voar no flanco esquerdo, nasceu o primeiro golo do jogo, aos 14 minutos, com o médio a cruzar tenso. Sturgeon não chegou na zona central, mas Deyverson, com toda a calma do mundo, atirou a contar. Uma vantagem que não durou mais de dois minutos. Bola ao centro e o Boavista empatou depois de um erro crasso de Bruno China que lançou Brito para o golo do empate. O jogo estava quente, com parada e resposta no relvado, e a contínua troca de insultos nas bancadas, mas o Belenenses estava claramente a crescer.
O Boavista ainda teve uma oportunidade para passar para a frente no marcador quando Zé Manuel desceu pela direita e cruzou tenso. Gonçalo Brandão cortou a bola, mas quase traiu Matt Jones que teve de se esticar para evitar o autogolo. Foi o último suspiro dos «axadrezados» que, até aqui, tinham feito valer o maior poderio físico (com a estreia de Reuben Gabriel ganharam ainda mais uns centímetros). Mas o Belenenses, nesta altura, já era mais equipa. Enquanto a equipa do Bessa afunilava todo o jogo para Uchebe, os «azuis» abriam uma frente de ataque alargada com Fredy, Sturgeon e Miguel Rosa no apoio a Deyverson.
Com mais dois golos de rajada a superioridade do Belenenses passou a traduzir-se, com lógica, no marcador. O primeiro, aos 30 minutos, surgiu numa iniciativa de Sturgeon que percorreu toda a zona frontal para entregar o golo a Deyverson que, com um remate seco e colocado, passou a destacar-se no segundo lugar da lista dos melhores marcadores da Liga. O segundo, quatro minutos depois, saiu outra vez dos pés de Sturgeon que desceu até à linha e cruzou com peso e medida para a cabeçada certeira de Miguel Rosa.
Gestão em tons de azul
Os «azuis» tinham agora o jogo totalmente sob controlo, até porque o Boavista desequilibrou-se nos minutos seguintes, procurando nova reação, diante de um adversário que já estava em «modo» contra-ataque, procurando explorar o muito espaço que a equipa dos «quadradinhos» deixava no seu meio-campo defensivo.
O Boavista voltou a entrar forte na segunda parte, com uma equipa aguerrida, à imagem do seu treinador, mas sem conseguir incomodar o adversário que agora jogava sem pressa, com um futebol pensado. O jogo perdeu o fulgor da primeira parte, com um Belenenses a gerir e um Boavista demasiado dependente das iniciativas de Brito que ainda esteve perto de reduzir, num lance individual, mas que nunca exibiu argumentos para poder nivelar o resultado. Tal como na primeira parte, os «azuis» voltaram a crescer e, até final, podiam ter marcado mais golos. O jogo já não teve o fulgor da primeira parte e só aqueceu nas bancadas, com problemas entre adeptos do Boavista e a polícia.
Uma vitória que lança o Belenenses para um surpreendente quarto lugar, de braço dado com o Paços de Ferreira e à frente do Sporting, enquanto Boavista continua lá por baixo, com apenas sete pontos e sem a perspetiva de melhoras a curto prazo.
Por Ricardo Gouveia
Capturar1logo

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