Pequim adota medidas de emergência no terceiro dia de poluição extrema
China - Pequim adotou medidas de emergência nesta segunda-feira, como a redução das emissões das fábricas e a circulação de veículos oficiais, no terceiro dia de extrema poluição na capital chinesa, que multiplicou os casos de problemas cardíacos e respiratórios nos hospitais.

No terceiro dia de poluição extrema em Pequim, o governo chinês anunciou que tomará medidas de efetivas para continuar controlando a contaminação do ar | Foto: EFE
A poluição ultrapassa os 300 microgramas de partículas menores de 2,5 micras (PM2,5) por metro cúbico, muito acima dos níveis de 25 microgramas por metro cúbico que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera aceitável. No sábado, o pior dia de poluição, os níveis chegaram a 993 microgramas.
A OMS adverte que a exposição prolongada a uma concentração excessiva destas partículas aumenta o risco de doenças respiratórias e cardiovasculares. As partículas PM2,5 têm um tamanho tão reduzido que podem se alojar nos pulmões ou mesmo na corrente sanguínea.
Perante o perigoso grau de poluição, o pior que muitos veteranos residentes da cidade lembram ter vivido, as autoridades municipais iniciaram um plano de emergência, que inclui o cancelamento das obras de construção em mais de 20 locais.
Pacientes afetados
A poluição extrema afetou também a saúde dos residentes e vários hospitais, como o de Chaoyang, revelaram que nos últimos dias trataram muito mais pacientes com doenças respiratórias e cardíacas do que o habitual. O Hospital Infantil de Pequim já tinha indicado que ao longo da semana pssada, quando começaram a subir os níveis de poluição, recebia sete mil pacientes por dia com doenças respiratórias por conta da má qualidade do ar.
Inclusive os meios de imprensa oficiais chineses criticam a má qualidade do ar. "A poluição nos alerta: Se seguirmos por este caminho de desenvolvimento ao invés de ajustá-lo, o prejuízo a longo prazo será sério", afirma o editoral do jornal "Global Times".
Cancelamento de voos
O Serviço Nacional do Clima informou que junto a Pequim, a cidade de Tianjin e as províncias de Hebei, Henan e Shandong continuam nesta segunda-feira com uma visibilidade inferior aos mil metros. A falta de visibilidade obrigou o cancelamento nesta segunda, em Pequim, de 20 voos, que se soma aos 30 suspensos no domingo.
Mortes em nome do progresso
Não se espera que a situação seja resolvida até quarta-feira, quando estão previstos ventos que arrastem as partículas poluentes. A segunda economia mundial descuidou do meio ambiente durante décadas em prol de um rápido desenvolvimento industrial, o que produziu uma grave degradação de sua atmosfera, seus rios e lagos. Segundo o Greenpeace, só em 2012 os altos níveis de poluição do ar causaram cerca de 8.500 mortes prematuras em Pequim, Xangai, Cantão e Xian.
As informações são da EFE
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