Rio -  O luto forçado imposto pelo tráfico no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, atingiu estudantes da Escola Municipal Jornalista Assis Chateaubriand.

Nesta quinta-feira de manhã, a maioria dos alunos matriculados na unidade, que fica na Rua Visconde de Santa Isabel, não compareceu às aulas por ordem de bandidos. A determinação dos criminosos partiu após a morte do traficante Jorge de Araújo Vieira, o Bebezão, quarta-feira.
Patrulha da PM ficou de prontidão na porta do Cemitério do Catumbi, nesta quinta, durante enterro do criminoso | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
Patrulha da PM ficou de prontidão na porta do Cemitério do Catumbi, nesta quinta, durante enterro do criminoso | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
Também nesta quinta-feira, pelo segundo dia consecutivo e mesmo com a presença ostensiva de policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora existente na comunidade, o comércio ficou fechado no Morro dos Macacos.

“A UPP aqui não serve para muita coisa. O tráfico continua mandando e    nenhum serviço público chega aqui. A coleta de lixo é uma vergonha”, protestou um morador, cuja reclamação era facilmente constatada com as montanhas de lixo espalhadas pela comunidade carente.
O enterro de Bebezão, de 35 anos, foi realizado nesta quinta à tarde no Cemitério do Catumbi com a presença de cerca de 50 pessoas, que não permitiram a presença de equipes de reportagem.

Um carro da PM ficou de prontidão na porta do cemitério. Um grupo chegou a declarar para a imprensa que ‘não havia nenhum bandido ali, o que tinha já estava morto’. Não houve qualquer registro de tumulto nos arredores.

Em nota, a assessoria das UPPs divulgou que reforçou o policiamento ‘em todo complexo dos Macacos, que inclui ainda as comunidades do Pau da Bandeira, Parque Vila Isabel e Parque Recanto do Trovador (antigo Jardim Zoológico)’.

Bebezão foi morto a tiros em Costa Barros, na Zona Norte, durante tiroteio numa tentativa de assalto a um carro-forte na Avenida Brasil próximo à Fazenda Botafogo