domingo, 21 de julho de 2013

Clássico reabre o Maraca para o futebol carioca

Clássico reabre o Maraca para o futebol carioca

Técnicos Abel Braga e Dorival Júnior comandam hoje Flu e Vasco na batalha para conseguir a reabilitação no Campeonato Brasileiro

MARCELO BERTOLDO E RICARDO NAPOLITANO
Rio - Ao longo de décadas, muitos craques escreveram suas histórias no Maracanã e ajudaram o estádio a se tornar o templo do futebol brasileiro. Neste domingo, às 18h30, chegou a vez de Deco e Juninho iniciarem um novo capítulo ao serem protagonistas de Fluminense e Vasco na reabertura do ‘Maior do Mundo’ para os clubes do Rio. Um estímulo extra na carreira de ambos, que renova a motivação da dupla veterana que ainda demonstra bom futebol, apesar da proximidade da aposentadoria.
Deco volta a equipe titular contra o Vasco
Foto:  Divulgação
Além da idade avançada — Deco tem 35 e Juninho 38 anos —, os camisas 20 do Tricolor e 8 do Gigante da Colina têm em comum um currículo repleto de títulos, o respeito dos adversários, a confiança dos treinadores e a missão de serem os maestros na recuperação de seus times após derrotas nas últimas rodadas. Entretanto, a diferença aparece quando o assunto é o Maracanã.
Deco estreou pelo Fluminense justamente num clássico com o Vasco. Um empate por 2 a 2 em que perdeu gol incrível. E aquele 22 de agosto de 2010 é uma das poucas memórias que tem do estádio.
“É uma coincidência. Entrei e perdi um gol no fim. Foi minha estreia, o Maracanã estava cheio, foi fantástico. Tive a chance de marcar, mas a bola quicou no momento do chute. A torcida do Vasco gritou meu nome depois da jogada (risos)”, afirmou.
Enquanto Deco jogou apenas três vezes antes do fechamento do Maracanã, Juninho escreveu seu nome para sempre num dos maiores palcos do futebol mundial. O Reizinho viveu muitos momentos marcantes, como a sua primeira despedida do Gigante da Colina, após o título na Copa João Havelange, no início de 2001. Por isso, voltar ao estádio antes de pendurar as chuteiras será uma grande honra para o jogador.
“Lembro até hoje do meu último jogo no Maracanã. Foi no dia 18 de janeiro de 2001, quando fiz um gol na final da Copa João Havelange. Confesso que não imaginava voltar a atuar no estádio e é motivo de orgulho para mim. Muitos craques da minha geração já se aposentaram e não realizaram esse sonho. Deve estar muito diferente”, admitiu.
Juninho faz reestreia contra o Fluminense
Foto:  Carlos Moraes / Agência O Dia
Clube festeja 111 anos com casa cheia
O Fluminense vai festejar seu aniversário de 111 anos com o Maracanã lotado. A expectativa é que mais de 60 mil pessoas ocupem os assentos destinados ao Fluminense, ao Vasco e ao Consórcio Maracanã. Na manhã de ontem, uma missa celebrada nas Laranjeiras antecipou a comemoração. À noite, o baile de aniversário no salão nobre deu continuidade à festa no clube.
O melhor ficou guardado para o clássico com o Vasco. Há três rodadas sem vencer, o Tricolor pretende retribuir o carinho dos milhares de torcedores que compraram ingressos para prestigiar o time.
“Já imagino o torcedor cantando parabéns e gritando: ‘O Fred vai te pegar’. Será especial”, disse o artilheiro.
Treinos para surpreender com Juninho
Na reestreia de Juninho Pernambucano com a camisa do Vasco, o técnico Dorival Júnior quer usar uma especialidade do ‘Reizinho’ para surpreender o Fluminense. Na atividade de ontem, o comandante fez um trabalho tático e depois uma atividade específica de bolas paradas sempre com o camisa 8 nas cobranças.
O treinador vascaíno também treinou a marcação pressão na saída de bola, exigindo muito dos atacantes e meias da equipe.
Neste domingo, o time entra em campo vestindo uma réplica do uniforme usado no Campeonato Carioca de 1923, ano em que conquistou o título com uma equipe formada por negros e operários. O uniforme ficou marcado como o da luta contra o racismo.


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