segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Exército egípcio mata com gás 36 que haviam sido presos em protesto

Exército egípcio mata com gás 36 que haviam sido presos em protesto

Soldados jogaram bombas contra um comboio que levava 600 detidos para uma prisão

O DIA
Cairo (Egito) - Trinta e seis membros da Irmandade Muçulmana foram mortos ontem no Egito com gás lançado por soldados contra um comboio que levava para a prisão 600 pessoas. O exército alegou, para justificar as mortes, que reagiu a um motim e para libertar um militar que fora feito refém.
Após três dias de massacres, com aproximadamente 800 mortes, ontem foi um dia mais tranquilo no Egito. O medo tirou das ruas os membros da Irmandade Muçulmana que pedem a volta ao poder do presidente Mohammed Mursi.
Soldados egípcios usam arame para fazer uma cerca de proteção e evitar o acesso à Suprema Corte do país
Foto:  Efe
Mesmo assim, houve manifestação na capital, Cairo, e em outras cidades. Também houve atos em várias cidades do mundo. Uma das maiores foi em Karachi, no Paquistão, onde milhares de muçulmanos saíram às ruas.
À tarde, o chefe militar do Egito, Abdel Fattah al-Sisi, voltou a fazer ameaças aos partidários de Mursi. Ele disse que não admitirá violência da Irmandade Muçulmana.
Também ontem, o governo da Arábia Saudita advertiu o Ocidente para não intervir no Egito. “Não conquistaremos nada com ameaças”, disse o ministro das Relações Exteriores do país, Saud al-Faisal, após se encontrar em Paris com o presidente da França, Françoise Hollande.
Na quinta-feira, o chefe de Estado francês pedira o fim do estado de emergência no Egito. E ontem o chanceler da França, Laurent Fabius, admitiu tomar medidas, “se a violência continuar”.
    Tags: Egito

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