Ana Arruda Callado: A história do século segundo Callado
O mundo a partir dos olhos atentos e discretos de Antonio Callado
Rio - O mundo a partir dos olhos atentos e discretos de Antonio Callado. Essa é a proposta de sua fotobiografia, que começa com as façanhas do bisavô João Chrisostomo Callado, feito marechal por Pedro II, e vai até as homenagens após a morte e a vinda ao mundo de sua bisneta Helena, em maio deste ano. Em um momento em que muito se discute a questão das biografias, coube a viúva, netos e sobrinhos a missão de escrever sobre o dramaturgo, jornalista, romancista, fazedor de enciclopédia, cronista e até sambista.
Levando em conta que Antonio Callado participou da Segunda Guerra Mundial como jornalista, estava na Colômbia quando houve a tremenda rebelião batizada de Bogotazo, cobriu a Guerra do Vietnã a partir de Hanói, foi preso quatro vezes na ditadura militar e representou o Brasil nas comemorações do centenário de De Gaulle, em 1990, podemos dizer que o livro traça a história do Brasil e muito da história do mundo nos séculos 19 e 20.
Fazem parte da obra histórias de sua produção intelectual, a vida pessoal, desde a infância em Niterói, seu primeiro casamento, os três filhos e depois dos netos que ele conheceu e curtiu. As parcerias com Portinari — retratado por ele em livro e que pintou seu retrato, Djanira, Carlos Scliar e Glauco Rodrigues. Suas residências, os amigos, a turma do teatro, os colegas dos jornais, tudo envolvendo histórias curiosas, afetuosas e até trágicas.
O maior trabalho que tivemos, neste país em que até ilustres e queridos artistas lutam pela exigência de autorização para que se falem deles ou se publiquem fotografias suas, foi exatamente obter permissão de mais de 300 personalidades ou de seus herdeiros. Deu trabalho, mas ninguém negou. Umas pequenas exigências surgiram, mas como exceções. Como vimos, o afeto por Antonio Callado, “o doce radical”, como o qualificou Helio Pellegrino, atinge um círculo muito maior do que a família.
Jornalista e escritora
Levando em conta que Antonio Callado participou da Segunda Guerra Mundial como jornalista, estava na Colômbia quando houve a tremenda rebelião batizada de Bogotazo, cobriu a Guerra do Vietnã a partir de Hanói, foi preso quatro vezes na ditadura militar e representou o Brasil nas comemorações do centenário de De Gaulle, em 1990, podemos dizer que o livro traça a história do Brasil e muito da história do mundo nos séculos 19 e 20.
Fazem parte da obra histórias de sua produção intelectual, a vida pessoal, desde a infância em Niterói, seu primeiro casamento, os três filhos e depois dos netos que ele conheceu e curtiu. As parcerias com Portinari — retratado por ele em livro e que pintou seu retrato, Djanira, Carlos Scliar e Glauco Rodrigues. Suas residências, os amigos, a turma do teatro, os colegas dos jornais, tudo envolvendo histórias curiosas, afetuosas e até trágicas.
O maior trabalho que tivemos, neste país em que até ilustres e queridos artistas lutam pela exigência de autorização para que se falem deles ou se publiquem fotografias suas, foi exatamente obter permissão de mais de 300 personalidades ou de seus herdeiros. Deu trabalho, mas ninguém negou. Umas pequenas exigências surgiram, mas como exceções. Como vimos, o afeto por Antonio Callado, “o doce radical”, como o qualificou Helio Pellegrino, atinge um círculo muito maior do que a família.
Jornalista e escritora
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