Rio perdeu 37 mil empregadas domésticas só no mês passado
Queda tem relação direta com entrada em vigor da PEC que garante direitos trabalhistas
Rio - Seis meses após a aprovação pelo Congresso, a PEC das Domésticas gerou resultados pouco animadores para os profissionais da área. Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, divulgada ontem, revelou que 164 mil postos de trabalho nesse segmento foram fechados em setembro, comparado a igual período do ano passado. Em percentuais, houve queda de 10,6% no número empregados com e sem carteira assinada.
Entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas, as de São Paulo e Rio apresentaram as maiores quedas. Foram menos 93 mil postos (-14,4%) em São Paulo e 37 mil (-10,1%) no Rio.
Levantamento do Instituto Doméstica Legal confirma a queda. Nos últimos 13 meses, de julho de 2012 a agosto de 2013, o número de domésticas com carteira assinada diminuiu em 45 mil profissionais, no Sudeste. Apenas no Nordeste a formalização cresceu, com mais mil profissionais em empregos formais. Os dados têm como base os registros de pagamento de carnês à Previdência.
“Quando se vê a doméstica formal saindo do emprego, não tenha dúvida de que é o empregador demitindo com medo do que está por vir. A demora da Câmara em aprovar a regulamentação da profissão gera expectativas e desgaste na relação de trabalho”, destaca o economista Mário Avelino, presidente do Instituto Doméstica Legal.
Segundo ele, haverá redução maior de oferta de postos para os domésticos. “Hoje o empregador tem custo de 12% com a formalização. O gasto vai subir para 20%”, diz.
Mão de obra migra para o comércio
A insegurança faz com que as domésticas prefiram trabalhar no comércio e em serviços. É o que avalia a presidenta do Sindicato da categoria do Rio, Carli Maria dos Santos. “Os pedidos de dispensa são maiores que as demissões. As domésticas estão inseguras quanto aos rumos da profissão e toda a instabilidade que foi gerada, sem consolidar direitos”, conta. Ela destaca que o número de famílias à procura de profissionais é considerável. “Há quem pague até R$ 1.300 com carteira assinada”, diz.
Entre as seis regiões metropolitanas pesquisadas, as de São Paulo e Rio apresentaram as maiores quedas. Foram menos 93 mil postos (-14,4%) em São Paulo e 37 mil (-10,1%) no Rio.
Levantamento do Instituto Doméstica Legal confirma a queda. Nos últimos 13 meses, de julho de 2012 a agosto de 2013, o número de domésticas com carteira assinada diminuiu em 45 mil profissionais, no Sudeste. Apenas no Nordeste a formalização cresceu, com mais mil profissionais em empregos formais. Os dados têm como base os registros de pagamento de carnês à Previdência.
“Quando se vê a doméstica formal saindo do emprego, não tenha dúvida de que é o empregador demitindo com medo do que está por vir. A demora da Câmara em aprovar a regulamentação da profissão gera expectativas e desgaste na relação de trabalho”, destaca o economista Mário Avelino, presidente do Instituto Doméstica Legal.
Segundo ele, haverá redução maior de oferta de postos para os domésticos. “Hoje o empregador tem custo de 12% com a formalização. O gasto vai subir para 20%”, diz.
Mão de obra migra para o comércio
A insegurança faz com que as domésticas prefiram trabalhar no comércio e em serviços. É o que avalia a presidenta do Sindicato da categoria do Rio, Carli Maria dos Santos. “Os pedidos de dispensa são maiores que as demissões. As domésticas estão inseguras quanto aos rumos da profissão e toda a instabilidade que foi gerada, sem consolidar direitos”, conta. Ela destaca que o número de famílias à procura de profissionais é considerável. “Há quem pague até R$ 1.300 com carteira assinada”, diz.
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