sábado, 26 de outubro de 2013

Editorial: Enem livre de erros desta vez?

Editorial: Enem livre de erros desta vez?

Sequência de erros, que incluíram inacreditáveis atos criminosos, maculou a história nobre do Enem

O DIA
Rio - Sequência de erros, que incluíram inacreditáveis atos criminosos, maculou a história nobre do Exame Nacional do Ensino Médio. A edição 2013 o Enem será hoje e amanhã, mobilizando sete milhões de jovens brasileiros. Em provas anteriores, roubo de cadernos, vazamento de questões e critérios esquizofrênicos de correção das redações arranharam a credibilidade do processo. Mas é chegada a hora crítica, quando se espera do governo atenção total para se evitarem fraudes e equívocos no certame.
Era imenso o vão entre as aspirações do governo e a realidade. Transformou-se o Enem, gestado como instrumento de mensuração da qualidade do ensino, num dos maiores processos seletivos do mundo. Sentiram-se as dores do crescimento justamente na desorganização. A confiabilidade sofreu com panes no Sisu, sistema on-line de preenchimento das vagas nas universidades que optaram pelo Enem como vestibular. Exposição de dados de candidatos e instabilidade foram alguns dos problemas. No último concurso, textos com erros ou trechos absurdos receberam nota alta — e tudo isso deixa os candidatos com pé atrás.
Falhas que não podem voltar a acontecer. O Enem tomou para si responsabilidade colossal e deve honrá-la com competência e lisura. As 180 questões e a redação podem construir ou prejudicar o futuro de milhares de jovens que passaram meses ou anos estudando e treinando. Em respeito a esses brasileiros, o MEC deve conduzir o exame com total seriedade e zelo. Edição sem erros graves com certeza melhorará a credibilidade do Enem e o aprimorará para os próximos anos.
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