Testes de DNA confirmam que cigana búlgara é mãe de menina Maria
Sasha Ruseva diz que entregou filha ainda bebê a casal cigano na Grécia por não ter condições de sustentá-la
São Paulo - Os pais da menina loira de 4 anos encontrada em um acampamento de ciganos na Grécia na semana passada são um casal de búlgaros também ciganos, mostraram testes de DNA nesta sexta-feira, resolvendo o mistério que teve repercussão mundial.
Ruseva e seu marido de 37 anos, pais de outras nove filhos entre 2 e 20 anos, vivem em extrema pobreza em uma cabana com piso de lama e telhado parcialmente quebrado na cidade de Nikolaevo, a cerca de 280 km de Sofia.
"Nós todos moramos em um cômodo -- meu marido, eu e todas as crianças", contou Ruseva a repórteres na quinta-feira à noite, enquanto segurava o filho de dois anos Atanas.
Reportagem de Tsvetelia Tsolova
Promotores búlgaros investigam se a mãe, Sasha Ruseva, de 35 anos, concordou em vender a filha na Grécia, uma acusação que ela nega. O caso ilustra a situação dos ciganos na Bulgária, muitos dos quais passam suas vidas na pobreza, são analfabetos e marginalizados pela sociedade.
A menina de quatro anos, chamada Maria e apelidada de "anjo loiro" pela mídia grega, foi encontrada na semana passada escondendo-se sob um cobertor em um assentamento cigano na região central da Grécia. Testes de DNA mostraram que os ciganos com os quais ela vivia não eram seus pais verdadeiros.
Maria, cujo caso traça paralelo com o desaparecimento da britânica Madeleine McCann em 2007, aos 3 anos, está sob os cuidados de uma instituição de caridade grega, que diz ter recebido mais de 10 mil ligações oferecendo pistas ou de pais a procura de crianças desaparecidas.
"Análises de DNA provaram que Sasha Ruseva é a mãe biológica da menina chamada Maria", disse o comissário-chefe do Ministério do Interior, Svetlozar Lazarov, à repórteres. "Os testes também mostraram que Atanas Rusev é o pai biológico."Ruseva e seu marido de 37 anos, pais de outras nove filhos entre 2 e 20 anos, vivem em extrema pobreza em uma cabana com piso de lama e telhado parcialmente quebrado na cidade de Nikolaevo, a cerca de 280 km de Sofia.
"Nós todos moramos em um cômodo -- meu marido, eu e todas as crianças", contou Ruseva a repórteres na quinta-feira à noite, enquanto segurava o filho de dois anos Atanas.
Reportagem de Tsvetelia Tsolova
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