Cirurgias devolvem movimentos e alegria a crianças
Mutirão realizado pelo Into vai operar vinte pequenos pacientes que sofreram lesões nos ombros e braços durante partos difíceis
Rio - Um mutirão cirúrgico no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) vai garantir um final feliz para o sofrimento de mais de 20 crianças que tiveram lesões ao nascer — seja por dificuldades no parto, seja por imperícia médica. A ação, que começou ontem e vai até amanhã, permitirá que os pequenos consigam recuperar movimentos e sensibilidade nos braços. As operações são totalmente gratuitas.
Os pacientes, na maioria bebês, sofrem de paralisia no plexo-braquial — “um conjunto de nervos da região do pescoço, clavícula e axila, responsável pelo movimento do ombro, braço, antebraço e mão”, explica Pedro Bijos, chefe do Centro de Microcirurgia Reconstrutiva do Into. Segundo o médico, a operação deve ser realizada até seis meses após o parto.
A mãe, Ana Beatriz Tomé, 19, percebeu que o braço da filha era mole assim que ela nasceu, no Hospital Municipal Alexander Fleming, em Marechal Hermes. Mas, segundo ela, os médicos de lá alegaram que o movimento voltaria naturalmente. “Eles me deixaram sem orientação”, conta ela, que soube do Into através de uma amiga. “Agora Jamile consegue agarrar coisas”, diz, orgulhosa.
É a situação da dona de casa Carla Oliveira, 31, que teve duas filhas com paralisia plexo-braquial no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Três Rios. “Os médicos puxavam o bebê com força para sair e empurravam minha barriga. Isso deve ter afetado a criança”. Thamires Oliveira, 8 anos, será operada no Into hoje.
Bebê não sente o braço esquerdo
Quem olha para as bochechas de Nicolas dos Santos Oliveira, 9 meses, nem imagina que ele não movimenta nem sente o braço esquerdo. A mãe, Paula Oliveira Demétrio, 18 anos, conta que a deficiência é resultado de trauma no parto, na Casa de Saúde Bom Pastor — maternidade que atende pacientes do SUS em Queimados.
“O neném nasceu desacordado. Depois, os médicos disseram que ele estava cansado e por isso não mexia o braço esquerdo”, diz a mãe. Nicolas vai fazer sua primeira cirurgia hoje.
Os pacientes, na maioria bebês, sofrem de paralisia no plexo-braquial — “um conjunto de nervos da região do pescoço, clavícula e axila, responsável pelo movimento do ombro, braço, antebraço e mão”, explica Pedro Bijos, chefe do Centro de Microcirurgia Reconstrutiva do Into. Segundo o médico, a operação deve ser realizada até seis meses após o parto.
“É um processo longo, mas as crianças têm uma recuperação rápida”, ressalta. Bijos diz ainda que, caso não seja feita a cirurgia, os nervos podem ser comprometidos permanentemente.
Realizar uma primeira cirurgia aos 3 meses foi fundamental para que Jamile Alves Santana, 1 ano, pudesse mexer o braço esquerdo. Ela vai passar por nova operação amanhã, para conseguir realizar movimentos ainda mais amplos.A mãe, Ana Beatriz Tomé, 19, percebeu que o braço da filha era mole assim que ela nasceu, no Hospital Municipal Alexander Fleming, em Marechal Hermes. Mas, segundo ela, os médicos de lá alegaram que o movimento voltaria naturalmente. “Eles me deixaram sem orientação”, conta ela, que soube do Into através de uma amiga. “Agora Jamile consegue agarrar coisas”, diz, orgulhosa.
Assim como Ana Beatriz, muitas famílias desconhecem a paralisia plexo-braquial e não procuram ajuda, o que acaba agravando o problema dos filhos. O Into é o único hospital público do Rio que realiza a cirurgia. Interessados devem procurar o Centro de Microcirurgia Reconstrutiva para avaliação, na Avenida Brasil 500, São Cristóvão.
Muitos casos podem ser de erros médicos
Boa parte das lesões no plexo-braquial podem ter ocorrido por erros médicos. E muitas mães alegam que não foram devidamente orientadas porque as maternidades não queriam admitir o problema.É a situação da dona de casa Carla Oliveira, 31, que teve duas filhas com paralisia plexo-braquial no Hospital Nossa Senhora da Conceição, em Três Rios. “Os médicos puxavam o bebê com força para sair e empurravam minha barriga. Isso deve ter afetado a criança”. Thamires Oliveira, 8 anos, será operada no Into hoje.
Bebê não sente o braço esquerdo
Quem olha para as bochechas de Nicolas dos Santos Oliveira, 9 meses, nem imagina que ele não movimenta nem sente o braço esquerdo. A mãe, Paula Oliveira Demétrio, 18 anos, conta que a deficiência é resultado de trauma no parto, na Casa de Saúde Bom Pastor — maternidade que atende pacientes do SUS em Queimados.
“O neném nasceu desacordado. Depois, os médicos disseram que ele estava cansado e por isso não mexia o braço esquerdo”, diz a mãe. Nicolas vai fazer sua primeira cirurgia hoje.
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