quinta-feira, 30 de maio de 2013

Clima entre os policiais no Complexo do Alemão é de tensão

Clima entre os policiais no Complexo do Alemão é de tensão

Nesta quarta-feira, menor foi baleado no pé após tiros de criminosos

DIEGO VALDEVINO
Rio - Após a rajada de tiros antes da Corrida da Paz, no domingo, o policiamento da UPP no Alemão foi reforçado. O contingente na área aumentou e há mais viaturas baseadas nos acessos ao Complexo do Alemão, porém o medo entre os policiais militares é grande.
O incidente desta quarta-feira, quando um menor foi baleado no pé, ainda agravou o clima de insegurança. “Trabalhar aqui é apavorante, principalmente quando começa a escurecer. Os traficantes estão por toda a parte e quando nos identificam, atiraram até sem olhar, com intuito de acertar um morador. A intenção deles é balear qualquer um e colocar a culpa na PM”, disse um policial da UPP do Complexo do Alemão, que preferiu não se identificar.
Alemão vira alvo do tráfico mais uma vez
Mais uma vez, o Complexo do Alemão, na Penha, foi alvo de traficantes. Três dias após um tiroteio ocorrido minutos antes da corrida ‘Desafio da Paz’, na Vila Cruzeiro — que teve a presença do secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame —, na tarde desta quarta-feira, um estudante de 16 anos foi ferido na Favela da Grota.
Menor, de 16 anos, foi ferido no pé após disparos efetuados por bandidos
Foto:  Izaqueu Alves
De acordo com informações, bandidos teriam efetuado disparos contra policiais da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Um dos tiros atingiu o adolescente, que tinha acabado de sair da escola e passava pela Rua Joaquim de Queiroz, na localidade conhecida como Beco do Fliper. 
Ele foi socorrido por amigos e levado para a Unidade de Pronto Atendimento do Alemão, na Estrada do Itararé. Medicado, o estudante foi liberado e prestou depoimento na 22ª DP (Penha), onde o caso foi registrado como lesão corporal. O delegado titular da unidade, Reginaldo Guilherme, já pediu imagens de câmeras de lojas próximas ao local para tentar identificar os criminosos.
Atingido no pé
“Temos que saber quem foram os autores, mas o próprio aluno contou que a polícia não atirou. Ele foi atingido no pé. A bala perfurou o tênis e pegou de raspão na sola. Por sorte foi uma queimadura. Nem levou ponto”, afirmou o delegado. Segundo a UPP, três policiais faziam um patrulhamento quando se depararam com quatro bandidos. Não houve reação.



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