Maracanã já foi entregue à Fifa, mas obras no entorno continuam e causam queixas

Apesar do ritmo acelerado, obras só terminam após início da Copa das Confederações

VICTOR CORRÊA

Rio - Sob responsabilidade da Fifa e do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014 desde sexta-feira, o Maracanã continua dando o que falar. Irritados com as obras do lado de fora do estádio, pessoas que usam a ciclovia ao redor dele para se exercitar reclamaram da lentidão das obras e do transtorno causado por elas.

Apesar do ritmo acelerado, obras no entorno do estádio só terminam após início da Copa das Confederações

Foto:  Carlo Wrede / Agência O Dia

A produtora gráfica Ana Lúcia Souza, por exemplo, conta que consegue andar normalmente com sua bicicleta pela ciclovia da Avenida Maracanã, mas precisa dar meia volta ao chegar no lado da Avenida Radial Oeste por causa dos buracos e da poeira. “Também não vejo ninguém dando orientações às pessoas que se exercitam por aqui”, reclamou.

De acordo com o mestre de obras Maurício Albuquerque, não há pressão a mais para a conclusão das obras devido à nova gestão do estádio. “Está tudo normal”, disse ele.

Alburquerque afirmou que o calçamento do entorno do Maracanã terminará até 27 de junho, 12 dias após o início da Copa das Confederações, que será de 15 a 30 de junho. Ontem, até as 22h, 250 homens trabalhavam do lado de fora do estádio.
Segundo o mestre de obras, os operários trabalham domingo “de acordo com a necessidade”.
O fisioterapeuta e professor universitário Sérgio Guida disse ontem que percebeu o aumento no ritmo dos trabalhos. “É evidente que está mais frenético. Não sei se injetaram mais dinheiro ou se a pressão para terminar aumentou”, disse ele, enquanto corria pelo local.
Jorge Freitas, que também usa o entorno do Maracanã para se exercitar, acha que o trecho em obras deveria ser interditado. “Apesar das placas de proteção, as pessoas que estão correndo ficam expostas, correndo riscos. Quando chove, fica cheio de lama. E se alguém levar um tombo?”