Editorial: Desprezo, punição e lições
A devastação da Região Serrana do Rio pelas chuvas de 2011 deixou duras lições aos fluminenses
Rio - A devastação da Região Serrana do Rio pelas chuvas de 2011 deixou duras lições aos fluminenses. A mais sofrida, e que se faz sentir até hoje, com o luto das famílias que perderam parentes e o lar, foi a falta absoluta de proatividade dos órgãos públicos. Governos fizeram vista grossa a ocupações de alto risco e não se preocuparam tanto com rotinas de resgate. Os aguaceiros ceifaram cerca de mil vidas.
O episódio também expôs a podridão de políticos que, alheios à desgraça de proporções bíblicas que se abateu sobre suas cidades, aproveitaram aquele momento de dor intensa para enriquecer. Com relativa celeridade, a Justiça Federal condenou ex-prefeito de Nova Friburgo e colaboradores por improbidade administrativa. O ex-gestor também perdeu os direitos políticos por oito anos. É notícia a comemorar, pois a punição veio pouco mais de dois anos após as denúncias dos desvios.
Agora é necessário travar três batalhas. A primeira será nos tribunais, com a provável enxurrada de recursos para protelar penas e reduzi-las. Não há de ser nada diante de provas fundamentadas. As outras duas guerras são profiláticas: precisam evitar, respectivamente, a repetição desse nefasto vazadouro de dinheiro e as situações de calamidade certa. Em relação à rapinagem, uma simples vigilância do dinheiro liberado para emergências impede o malogro. Já no que diz respeito à prevenção de novos cataclismas, há muito discurso e boa-vontade, mas as obras não seguem no ritmo desejável, e a questão das moradias irregulares ainda é um desafio. O que não pode é o estado sempre consertar o estrago e ainda ver dinheiro ser roubado.
O episódio também expôs a podridão de políticos que, alheios à desgraça de proporções bíblicas que se abateu sobre suas cidades, aproveitaram aquele momento de dor intensa para enriquecer. Com relativa celeridade, a Justiça Federal condenou ex-prefeito de Nova Friburgo e colaboradores por improbidade administrativa. O ex-gestor também perdeu os direitos políticos por oito anos. É notícia a comemorar, pois a punição veio pouco mais de dois anos após as denúncias dos desvios.
Agora é necessário travar três batalhas. A primeira será nos tribunais, com a provável enxurrada de recursos para protelar penas e reduzi-las. Não há de ser nada diante de provas fundamentadas. As outras duas guerras são profiláticas: precisam evitar, respectivamente, a repetição desse nefasto vazadouro de dinheiro e as situações de calamidade certa. Em relação à rapinagem, uma simples vigilância do dinheiro liberado para emergências impede o malogro. Já no que diz respeito à prevenção de novos cataclismas, há muito discurso e boa-vontade, mas as obras não seguem no ritmo desejável, e a questão das moradias irregulares ainda é um desafio. O que não pode é o estado sempre consertar o estrago e ainda ver dinheiro ser roubado.
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