sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Professores pressionam governo para retirada de proposta

Professores pressionam governo para retirada de proposta

Docentes da rede municipal não concordaram com Plano de Cargos e Salários apresentado pela Câmara e ocupam a Prefeitura

PALOMA SAVEDRA
Rio - Cerca de 50 professores da rede municipal ocupam, desde as 15h desta sexta-feira, o corredor do 13ª andar da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, onde fica o gabinete do prefeito Eduardo Paes. Os docentes justificaram o ato afirmando que não concordaram com o novo Plano de Cargos e Salários aprovado pela Câmara na terça-feira e pedem que o governo cancele o documento. O texto não foi apresentado aos professores e, segundo eles, esta seria uma condição para que a paralisação terminasse. 
Chefe da Casa Civil, Pedro Paulo se reuniu com professores
Foto:  Leitor Leandro Santos
O secretário-chefe da Casa Civil, Pedro Paulo Teixeira, negociou com os manifestantes que, em ato simbólico, queimaram o atual Plano de Cargos e Salários na entrada da Prefeitura. Pedro Paulo afirmou que uma negociação poderia ser feita na próxima terça-feira, desde que os professores desocupassem o prédio. No entanto, os presentes discordaram e pediram que o secretário intimasse o vereador Luiz Antônio Guaraná, chefe do PMDB na Câmara, para que o Plano de Cargos e Salários proposto pela casa fosse retirado da votação dos parlamentares em regime de urgência.
Dois policiais militares acompanham os docentes. Até o momento, não há registro de tumulto. Por volta das 18h05, as luzes do corredor foram apagadas e, diante da reclamação dos presentes, foram acesas. Os banheiros e alguns acessos foram fechados e o ar condicionado desligado. "Estão impedindo a entrada e saída de outras pessoas. Queremos que um advodago da OAB suba e não estão deixando", declarou a coordenadora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), Gesa Linhares.
Por volta das 18h15, Susana Gutierrez, também coordenadora do sindicato, recebeu uma ligação do secretário Pedro Paulo, onde o secretário voltou a pedir a saída dos docentes ofereceu outra reunião na segunda-feir,  às 18h. Os professores ainda deliberam a proposta.
Outras lideranças entraram em contato com o vereador Reimont (PT), presidente da Comissão de Educação e Cultura da Câmara, para pressionar sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Salários. "Não tenho poder de mudar isso. O Guarána poderia, mas somente na terça", informou o parlamentar. A paralisação na rede municipal começou no dia 8 de agosto e terminou no dia 10 de setembro. A categoria decidiu retornar à greve nesta sexta-feira.
Mais cedo, docentes ocuparam a Avenida Rio Branco, que já está liberada. No momento, os manifestantes estão na Avenida Presidente Antonio Carlos, esquina com a Avenida Almirante Barroso. A pista lateral da Avenida Presidente Vargas segue bloqueada a partir da Avenida Passos, no sentido Candelária.
Colaborou Karilayn Areias
    Tags: Greve , Professores

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