Perícia da Defesa Civil vai apurar queda de marquise
Obra no interior do imóvel, excesso de peso e falta de manutenção serão investigados
Rio - Depois de sua marquise cair, matando uma pessoa e ferindo outras sete, o edifício n °23 da Estrada do Portela, em Madureira, virou alvo da Defesa Civil. Em 20 dias, o órgão fará perícia que vai definir se o acidente foi causado por obra realizada no interior do imóvel. Excesso de peso, devido a informes publicitários, e a falta de manutenção também podem ter influenciado.
Nesta quinta-feira, a Coordenadoria de Operações Especiais demoliu partes do edifício e retirou o material que restava sobre a calçada. O local permanece interditado até que o proprietário contrate profissional habilitado para realizar reparos.
Estruturas com danos são recorrentes
Desconfiadas, muitas pessoas evitam passar por baixo de marquises. Ontem, equipe do DIA percorreu ruas do Centro e encontrou pelo menos cinco delas em péssimas condições.
Uma fica no n° 119 da Rua do Resende. Segundo pedestres, a estrutura sofre esbarrões constantes de caminhões. O síndico do prédio, identificado apenas como Celso, afirmou que o local é regularizado.
Segundo a Secretaria da Casa Civil, edifícios com projeção de marquise ou varanda são obrigados a realizar autovistorias a cada 5 anos. “Esse procedimento é o selo de qualidade das edificações”, disse o secretário-chefe, Pedro Paulo Carvalho Teixeira.
Nesta quinta-feira, a Coordenadoria de Operações Especiais demoliu partes do edifício e retirou o material que restava sobre a calçada. O local permanece interditado até que o proprietário contrate profissional habilitado para realizar reparos.
A queda da marquise ocorreu por volta das 20h de terça-feira, causando a morte do assistente administrativo Cristiano Cesar Coutinho Henrique, 25. “Ele passava toda a semana por lá, mas ninguém imaginava uma tragédia dessas. Fica a lembrança de um rapaz religioso e trabalhador”, disse a irmã da vítima Rebeca Coutinho. O enterro ocorreu ontem, no Cemitério do Cajú.
Além de Cristiano, cinco mulheres e dois militares que atuavam no local ficaram feridos. Natalina Miranda, 47, Cristiane Lopes, 41, e Mislene Barbosa, 27, sofreram ferimentos leves e foram liberadas do Hospital Estadual Albert Schweitzer ontem. Rosangela Teixeira, 37, e Jaciara de Barros, 58, foram levadas para o Hospital Municipal Salgado Filho. Rosana teve alta, o estado de saúde de Jaciara não foi divulgado. O Corpo de Bombeiros informou que os sargentos envolvidos no acidente estão fora de perigo. Marcelo de Jesus, 43, sofreu deslocamento no fêmur e Marcio Rodrigues, 42, fraturou a perna.
Segundo Antônio Eulálio, conselheiro do Crea, “marquises são sustentadas apenas por uma armadura principal, e qualquer falha pode levá-la a desabar”. Para o especialista, os principais motivos de desgaste da estrutura são: “sobrecarga, corrosão, falta de impermeabilidade e obras mal planejadas no edifício”.
A conservação dos imóveis é de responsabilidade do proprietário, mas cabe à prefeitura fiscalizar riscos. Em nota, a Secretaria Municipal de Urbanismo informou que “obras de reforma interna sem acréscimos de área ou interferência na fachada independem de licença da SMU”. Já a Defesa Civil esclareceu que realiza vistorias locais após denúncias através dos telefones 199 ou 1746.Estruturas com danos são recorrentes
Desconfiadas, muitas pessoas evitam passar por baixo de marquises. Ontem, equipe do DIA percorreu ruas do Centro e encontrou pelo menos cinco delas em péssimas condições.
Uma fica no n° 119 da Rua do Resende. Segundo pedestres, a estrutura sofre esbarrões constantes de caminhões. O síndico do prédio, identificado apenas como Celso, afirmou que o local é regularizado.
Segundo a Secretaria da Casa Civil, edifícios com projeção de marquise ou varanda são obrigados a realizar autovistorias a cada 5 anos. “Esse procedimento é o selo de qualidade das edificações”, disse o secretário-chefe, Pedro Paulo Carvalho Teixeira.
Vídeo: Confira o momento da queda da marquise
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