Polícia Civil vai investigar mortes na maternidade
Delegada solicitará escalas de plantão dos dias em que mães de bebês mortos estiveram na unidade para que funcionários sejam intimados a prestar depoimento
Rio - A Polícia Civil abriu inquérito para investigar as mortes de quatro bebês ocorridas nas últimas semanas na Maternidade Municipal Amélia Buarque de Hollanda, no Centro, como mostrou a edição desta quinta-feira do DIA . A delegada Karina Regufe, da 5ªDP, solicitará as escalas de plantão dos dias em que as mães estiveram na unidade para que os funcionários sejam intimados a prestar depoimento.
Ontem, quatro mães foram à delegacia e relataram a insistência dos funcionários em realizar parto normal, mesmo em casos onde o trabalho de parto chegou a durar 25 horas. Erros nos prontuários de atendimento também foram mostrados. A delegada solicitou à maternidade as documentações de mães e bebês para serem periciados. Os exames pré-natal já estão sendo analisados.
Ontem, a Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro pediu ao Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) para investigar o caso. “O resultado das investigações da Cremerj poderão levar o caso a ser investigado pelo Ministério Público”, disse Marcelo Burlá, presidente da sociedade.
Pressão por parto normal vem da OMS
O Brasil é recordista quando o assunto é partos por cesárea. Entretanto, o procedimento é mais comum na rede privada. Dados do Ministério da Saúde indicam que 38% dos partos feitos no Sistema Único de Saúde são dessa forma. A Organização Mundial da Saúde recomenda que o máximo seja 15%.
Para Marcelo Burlá, o parto normal é recomendável, mas a OMS colocou uma “meta inalcançável”. “Existe uma pressão para realização de partos normais, mas isso traz insegurança para mãe e bebê. O parto precisa ser seguro”, argumentou o presidente da SGORJ.
Ele disse ainda que um parto de 25 horas é “inaceitável”. "É necessário uma ampla conversa com médicos e enfermeiros sobre o tema”, finalizou.
Ontem, quatro mães foram à delegacia e relataram a insistência dos funcionários em realizar parto normal, mesmo em casos onde o trabalho de parto chegou a durar 25 horas. Erros nos prontuários de atendimento também foram mostrados. A delegada solicitou à maternidade as documentações de mães e bebês para serem periciados. Os exames pré-natal já estão sendo analisados.
Na quarta, Carla Marins, mãe de uma das vítimas, quebrou vidros da fachada da maternidade. Ela perdeu seu filho recém nascido na segunda-feira e se desesperou ao não receber seu prontuário de atendimento, que estaria em posse do diretor da unidade. Procurados, os funcionários da maternidade não quiseram se pronunciar.
Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que os prontuários de Carla “estão guardados na unidade, aos cuidados da Comissão de Óbitos”. O órgão disse também que possui comissões na unidade e na secretaria para investigar os óbitos dos bebes.Ontem, a Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro pediu ao Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) para investigar o caso. “O resultado das investigações da Cremerj poderão levar o caso a ser investigado pelo Ministério Público”, disse Marcelo Burlá, presidente da sociedade.
Pressão por parto normal vem da OMS
O Brasil é recordista quando o assunto é partos por cesárea. Entretanto, o procedimento é mais comum na rede privada. Dados do Ministério da Saúde indicam que 38% dos partos feitos no Sistema Único de Saúde são dessa forma. A Organização Mundial da Saúde recomenda que o máximo seja 15%.
Para Marcelo Burlá, o parto normal é recomendável, mas a OMS colocou uma “meta inalcançável”. “Existe uma pressão para realização de partos normais, mas isso traz insegurança para mãe e bebê. O parto precisa ser seguro”, argumentou o presidente da SGORJ.
Ele disse ainda que um parto de 25 horas é “inaceitável”. "É necessário uma ampla conversa com médicos e enfermeiros sobre o tema”, finalizou.
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