Vera Cordeiro: Caminhos para reduzir doenças e pobreza no Brasil
Análise mostra que o número de dias que crianças passaram no hospital durante o primeiro ano da doença caiu de 62 para nove após a participação na metodologia
Rio - Não basta apenas cuidar da saúde de uma criança com uma doença respiratória grave se o ambiente onde vive dá continuidade ao círculo vicioso de reinternação, seus pais estão desempregados, e os irmãos, privados de educação e cidadania. A partir de pesquisa de três anos realizada pela Universidade de Georgetown, provamos que as mudanças só ocorrem com uma ação integral que promova igualmente saúde e direitos humanos, pois um não é possível sem o outro. Foi muito importante também a comprovação feita pela pesquisa de que o impacto positivo do Saúde Criança no bem-estar da família é de longo prazo e sustentável.
A análise mostra que o número de dias que as crianças passaram no hospital durante o primeiro ano da doença caiu de 62 para nove após a participação na metodologia, o que representa redução de quase 90%. Isso não significa só um salto na saúde da família, mas também a desoneração para o SUS. Na educação, o percentual de crianças doentes que frequentavam a escola passou de 10% no início do programa para quase 92%.
A metodologia do Saúde Criança também trouxe mais recursos para as famílias das crianças com doenças graves. A renda quase dobrou, e houve aumento substancial na porcentagem de adultos empregados de 54% para 70%. A pesquisa mostrou ainda que os adultos das famílias impactados pela metodologia têm 12% mais chance de ter um emprego do que outras pessoas na mesma área e com perfil socioeconômico similar.
Outra modificação aconteceu no quesito moradia, especialmente porque a casa própria é passo importante para a autossuficiência das famílias. Na comparação, o percentual de proprietários passou de 25% para 50% com casa própria já paga. E em cidadania, no início do programa 6,6% das famílias tinham acesso aos benefícios do governo. Hoje em dia 20,8% têm acesso.
Muhammad Yunus, ganhador do Nobel da Paz, nos disse que havíamos criado no Brasil uma poderosa metodologia de inclusão. Essa pesquisa comprova que é possível unir saúde e direitos humanos em um programa de inclusão social sustentável e que reflete hoje o bem-estar contínuo de mais de 15 mil famílias.
Fundadora e superintendente-geral da Associação Saúde Criança
A análise mostra que o número de dias que as crianças passaram no hospital durante o primeiro ano da doença caiu de 62 para nove após a participação na metodologia, o que representa redução de quase 90%. Isso não significa só um salto na saúde da família, mas também a desoneração para o SUS. Na educação, o percentual de crianças doentes que frequentavam a escola passou de 10% no início do programa para quase 92%.
A metodologia do Saúde Criança também trouxe mais recursos para as famílias das crianças com doenças graves. A renda quase dobrou, e houve aumento substancial na porcentagem de adultos empregados de 54% para 70%. A pesquisa mostrou ainda que os adultos das famílias impactados pela metodologia têm 12% mais chance de ter um emprego do que outras pessoas na mesma área e com perfil socioeconômico similar.
Outra modificação aconteceu no quesito moradia, especialmente porque a casa própria é passo importante para a autossuficiência das famílias. Na comparação, o percentual de proprietários passou de 25% para 50% com casa própria já paga. E em cidadania, no início do programa 6,6% das famílias tinham acesso aos benefícios do governo. Hoje em dia 20,8% têm acesso.
Muhammad Yunus, ganhador do Nobel da Paz, nos disse que havíamos criado no Brasil uma poderosa metodologia de inclusão. Essa pesquisa comprova que é possível unir saúde e direitos humanos em um programa de inclusão social sustentável e que reflete hoje o bem-estar contínuo de mais de 15 mil famílias.
Fundadora e superintendente-geral da Associação Saúde Criança
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