Rio -  O abandono é visível no Terminal Rodoviário Dr. Plínio Casado, no Centro de Duque de Caxias. Sem segurança, o terminal por onde passam as principais linhas do município virou abrigo para moradores de rua e usuários de crack.

A falta de policiamento e a infraestrutura precária fizeram o número de assaltos aumentar, o que também só fez crescer o medo de quem depende do serviço detransporte público na cidade da Baixada.

Durante as duas horas em que a reportagem do DIA  permaneceu no local, houve dois assaltos. Um passageiro teve o celular roubado e, momentos depois, a mochila de uma estudante também foi levada.
Moradores de rua dormem em bancos e no chão do terminal: sujeira deixada pelos mendigos é outra crítica | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
Moradores de rua dormem em bancos e no chão do terminal: sujeira deixada pelos mendigos é outra crítica | Foto: Paulo Alvadia / Agência O Dia
“Já fui assaltada duas vezes porque não tem policiamento. Quando volto do trabalho, às 21h, é o pior horário. Fica escuro, e os marginais entram para assaltar passageiros e comprar crack”, relatou a enfermeira Rosane Santos, de 27 anos.

Esperar pela condução ficou ainda pior para quem não consegue sentar nos bancos da rodoviária. “A gente quer sentar e não consegue, pois os bancos viraram camas de mendigos”, disse a aposentada Nívea Pereira, de 72 anos.

Guarda-chuva sob telhado

Em dias de chuva, por causa das telhas quebradas, os passageiros acabam ficando encharcados. “Não faz diferença ficar dentro ou fora do terminal, tem que ter guarda-chuva. Sem contar o lixo acumulado, e o cocô e xixi que ficam aí fedendo há dias”, comentou o cozinheiro Aurino Duarte, de 39.

Sobre a falta de segurança, a Prefeitura de Caxias informou que a responsabilidade pelo policiamento é do 15º BPM (Duque de Caxias). Em relação à infraestrutura e coleta de lixo, a Secretaria de Obras informou que ‘está realizando um levantamento dos problemas nos terminais, visando melhorias”.