sexta-feira, 28 de junho de 2013

Duelo com a Fúria é um tira-teima para a Seleção

Duelo com a Fúria é um tira-teima para a Seleção

Em duas finais no Maracanã, brasileiros ganharam apenas um título: o da Copa América em 1989

O DIA

Rio - Quando a tabela da Copa das Confederações foi divulgada, o grande temor era o Brasil não chegar à final e ficar longe do Maracanã. Com a presença confirmada no templo do futebol, a Seleção de Felipão não apenas vai dar alegria aos cariocas como também terá a chance de entrar para a história como a segunda a conquistar um título no principal estádio do país.
Brasil vai enfrentar Espanha na final
Foto:  André Luiz Mello / Agência O Dia
Apesar de ser a casa da Seleção, o Maracanã não foi palco de muitas conquistas. Na verdade, o duelo com a Espanha será apenas a terceira decisão em uma competição oficial e pode ser considerado um tira-teima. A primeira final foi a mais traumática: a derrota para o Uruguai por 2 a 1 na final da Copa de 50.
Trinta e nove anos depois, a Seleção voltou a disputar uma final no Maracanã, novamente contra os uruguaios, e levou a melhor: 1 a 0 pela Copa América de 89.
Na ocasião, a Seleção de Sebastião Lazaroni sofria forte pressão pelas más atuações e ainda carregava nas costas o peso de 40 anos sem vencer a Copa América e mais 19 sem um título internacional (o último havia sido a Copa de 70). Para completar a festa, a primeira conquista oficial no Maracanã ficou marcada para sempre na memória.
“É uma emoção diferente ser campeão em seu país, até por tudo o que passamos. Vínhamos de uma excursão desastrosa na Europa e o Brasil não vencia a Copa América há quatro décadas”, afirmou Lazaroni.
Para quem pode fazer história, a final de domingo já começa a mexer com os ânimos. Craque da Seleção, Neymar pode — e quer — se consagrar no principal palco do futebol brasileiro. “Fico muito feliz por fazer parte de mais uma história do Maracanã.Queremos cravar os nossos nomes na história do estádio vencendo a Copa das Confederações”, disse.
Amor à pátria usado como arma pra motivar jogadores
Usar o fato de jogar em casa para animar seus jogadores não é novidade para Felipão. Ele já obteve sucesso quando comandava a seleção portuguesa na disputa da Eurocopa de 2004. Assim como o Brasil de hoje, Portugal chegou à competição em seu próprio país cercado de desconfiança e sem ser um dos favoritos. Mesmo assim foi até a final, mas acabou com o vice-campeonato, perdendo para a Grécia.
Ao contrário do Brasil na Copa das Confederações, Portugal de Felipão não teve bom começo na fase de grupos da Euro e correu sério risco de ser eliminado. Mas ao usar o nacionalismo dos jogadores, conseguiu tirar algo a mais de sua equipe nos momentos decisivos.
Sobrou para a Espanha, adversária de domingo, que só precisava de um empate. Mas a vitória por 1 a 0, gol de Nuno Gomes, classificou os portugueses e tirou os espanhóis da disputa pelo título. Esse foi o único confronto oficial de Felipão contra La Roja.
Na sequência da competição, com apoio da torcida, Portugal se superou em cada fase do mata-mata, eliminando Inglaterra e Holanda. Mas, na final, sucumbiu à pressão.



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