sexta-feira, 28 de junho de 2013

Preço do pão francês varia até 114% na cidade do Rio

Preço do pão francês varia até 114% na cidade do Rio

Nas padarias, a diferença passa de 87%. Aluguel das lojas influencia nos valores

STEPHANIE TONDO
Rio - O preço do pão francês pode variar até 114,28% na cidade do Rio de Janeiro. Nas padarias, a diferença chega a 87,48%. Essa discrepância é influenciada principalmente pelos valores dos imóveis nas regiões, além de questões como IPTU, salários dos funcionários e poder aquisitivo dos consumidores.
Preço aquecido do pão francês: país vai sofrer com a falta do trigo argentino pelo fato de o governo vizinho manter o controle das exportações
Foto:  Marcos Cruz / Agência O Dia
Nas padarias, o pãozinho mais barato foi encontrado pela reportagem na Freguesia, na Zona Oeste, a R$ 7,99 o quilo. Em Botafogo, na Zona Sul, o consumidor gasta mais para comprar o item, que sai por R$ 14,98 o quilo.
No entanto, segundo Carlos Jorge dos Santos Silva, secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Panificação e Confeitaria do Rio, essa diferença é ainda maior, considerando os supermercados. Ele explica que o preço do quilo do pão na cidade custa, em média, de R$ 7 a R$ 15, ou seja, uma variação de 114,28%.
De acordo com Gilberto Braga, professor de Finanças do Ibmec, é comum o pão francês ser mais caro nos bairros mais nobres, pois é onerado pelo valor dos aluguéis. “Normalmente, na Zona Sul os salários dos funcionários também são mais altos e o proprietário da padaria ainda tem custos como IPTU, condomínio e serviço de segurança terceirizado”, explica.
Na quinta-feira, O DIA mostrou que o preço do pão francês subiu cerca de 7%, devido à alta do dólar e à decisão do governo argentino de suspender as exportações de trigo. Para a técnica em enfermagem Edna Martins, de 54 anos, esse aumento já pode ser sentido no bolso.
“Os preços estão cada vez mais altos. Eu tenho diminuído a quantidade de pães que compro exatamente por causa disso, mas é um alimento básico, eu não posso de deixar de comprar”, destaca.


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