Novo impasse no caminho da CPI dos Ônibus
Presidência da Câmara Municipal não aceita pedido de renúncia de vereador do Psol
Rio - Para a presidência da Câmara dos Vereadores, Eliomar Coelho (Psol) continua membro da CPI dos Ônibus. A Procuradoria da Casa analisou o ofício do parlamentar, entregue na quinta-feira, que comunicava sua renúncia da Comissão, e o desconsiderou. Se o vereador faltar cinco vezes às sessões da CPI, será excluído automaticamente, sem chance de retorno. Eliomar já se ausentou da comissão três vezes.
Para o presidente da Casa, Jorge Felippe (PMDB), Eliomar errou ao escrever no ofício que declinava da participação da CPI até que a Justiça ou o plenário optassem por outra composição. Todos os integrantes da CPI são da base governista e não assinaram o pedido de criação da comissão. “Ele não pode dizer que sai da comissão até que a Justiça resolva os questionamentos que ele impetrou. Isso é um afastamento, e não renúncia”, avaliou Felippe.
Vaiados na escadaria
Após a reunião da CPI, com duração de um pouco mais de cinco minutos, o presidente Chiquinho Brazão e o relator Professor Uóston, ambos do PMDB decidiram tentar conversar com os manifestantes que ocupam as escadarias da Câmara há 20 dias. O ato inédito foi a pedido de membros da Mídia Ninja, que acompanharam o encontro da comissão.
A tentativa de conversa acabou em vexame. A dupla foi vaiada por mais de 15 pessoas. Uma sirene de polícia, adaptada de uma caixa de som dos ativistas, soava mais alto que o improvisado discurso dos parlamentares. Mesmo assim, Chiquinho insistiu. “Estou ao lado de vocês. Essa CPI vai funcionar”. Não deu certo. Em troca, a dupla ganhou gritos de “vocês não me representam” dos manifestantes.
'Esse pessoal não pode ficar aqui’
Minutos antes de fazer a visita aos manifestantes, Brazão declarou que o grupo acampado nas escadarias deveria ser removido pelo Choque de Ordem da prefeitura. “A cidade tem regras. A praça é um espaço público e deve ficar livre para o povo. Esse pessoal não pode vir aqui e ficar jogando lixo, urinando. Eles têm que ser removidos”, opinou Brazão, que avalia a ocupação como prejudicial ao turismo.
“Isso não é acampamento. O turista se sente mal vendo essa situação”, disse o presidente da CPI. Com cheiro de pizza.
Para o presidente da Casa, Jorge Felippe (PMDB), Eliomar errou ao escrever no ofício que declinava da participação da CPI até que a Justiça ou o plenário optassem por outra composição. Todos os integrantes da CPI são da base governista e não assinaram o pedido de criação da comissão. “Ele não pode dizer que sai da comissão até que a Justiça resolva os questionamentos que ele impetrou. Isso é um afastamento, e não renúncia”, avaliou Felippe.
Com a permanência de Eliomar, o PT que receberia a vaga, perde o direito de integrar a CPI. Até o fim da tarde de ontem, Reimont (PT), que é suplente da comissão e líder do partido, ainda não tinha decidido o que fazer. Na segunda-feira, ele e o diretório da legenda vão se reunir. “Independente do que a Casa avaliar sobre a saída do Eliomar, vou conversar com o PT para saber se assumo ou deixo de vez a comissão”, disse Reimont.
Ao saber do posicionamento da Casa, Eliomar Coelho ficou surpreso.“Eu pedi a renúncia. Isso até pode não ter ficado claro no documento, mas não vou fazer mais parte da CPI”, explicou o presidente da bancada do Psol, que prometeu rever o ofício também na segunda-feira.
Nesta sexta, membros que restaram da CPI definiram o calendário de oitivas. Na quinta-feira, serão ouvidos o procurador-geral do município, um representante da RioÔnibus e um sócio do consórcio Santa Cruz.Vaiados na escadaria
Após a reunião da CPI, com duração de um pouco mais de cinco minutos, o presidente Chiquinho Brazão e o relator Professor Uóston, ambos do PMDB decidiram tentar conversar com os manifestantes que ocupam as escadarias da Câmara há 20 dias. O ato inédito foi a pedido de membros da Mídia Ninja, que acompanharam o encontro da comissão.
A tentativa de conversa acabou em vexame. A dupla foi vaiada por mais de 15 pessoas. Uma sirene de polícia, adaptada de uma caixa de som dos ativistas, soava mais alto que o improvisado discurso dos parlamentares. Mesmo assim, Chiquinho insistiu. “Estou ao lado de vocês. Essa CPI vai funcionar”. Não deu certo. Em troca, a dupla ganhou gritos de “vocês não me representam” dos manifestantes.
'Esse pessoal não pode ficar aqui’
Minutos antes de fazer a visita aos manifestantes, Brazão declarou que o grupo acampado nas escadarias deveria ser removido pelo Choque de Ordem da prefeitura. “A cidade tem regras. A praça é um espaço público e deve ficar livre para o povo. Esse pessoal não pode vir aqui e ficar jogando lixo, urinando. Eles têm que ser removidos”, opinou Brazão, que avalia a ocupação como prejudicial ao turismo.
“Isso não é acampamento. O turista se sente mal vendo essa situação”, disse o presidente da CPI. Com cheiro de pizza.
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