Aristóteles Drummond: A oportunidade revela o político
Eduardo Paes preferiu o respeito da sociedade ao aplauso fácil. Como um democrata de verdade. Que os professores reponham logo as aulas
Rio - O prefeito Eduardo Paes tem tido boas oportunidades na vida pública, iniciada como dedicado administrador da Barra, de onde partiu para os mandatos no Legislativo e, por fim, a prefeitura. No segundo mandato, firma-se como realizador em gestão revolucionária em termos de projetos e obras, em eventos que permitiram a captação de recursos para investimentos audaciosos e que estão transformando o Rio, revertendo quadro de desgaste da capital, inclusive com muita habilidade política em suas alianças com o governador Sérgio Cabral e os presidentes — primeiro, Lula, depois, Dilma.
No entanto, a dimensão do político maduro, determinado na defesa de princípios fundamentais, como a autoridade, a dignidade e a defesa da sociedade, só agora surgiu com essa greve lamentável de dois meses dos professores. Recuperou-se da perplexidade das manifestações iniciais, quando acompanhando outros prefeitos e governadores cedeu nos 20 centavos, mostra a face do político que assume as limitações orçamentárias e enfrenta uma máquina azeitada pela mentira, a intriga e a utopia. E o faz sabendo do apreço que todos nós — e ele mais do que ninguém — temos pelo professorado, que no Rio já está entre os mais bem remunerados do Brasil. Só que existem compromissos e deveres que compõem o orçamento municipal, e o pretendido, que seria até justo, é impossível ser atendido, como é do conhecimento das pessoas informadas e sérias. A greve é injustificada, como decidiu a Justiça.
A mais, tenta prestigiar de maneira definitiva o professorado através de política que consagra o mérito, a atualização, a assiduidade. Talvez, aí, a revolta dos que estão fora das salas de aula pelos mais variados motivos, inclusive por causa do exercício de mandato sindical.
Com essa endurecida sensata, o prefeito do Rio ganha dimensão nacional. A maioria silenciosa da população já não aguenta tanta greve, tanta invasão, tanta intolerância, vandalismo incorporado à vida das cidades, nesta escalada de se tirar a paz dos brasileiros em momento político e econômico delicado.
Eduardo Paes preferiu o respeito da sociedade ao aplauso fácil. Como um democrata de verdade. Que os professores reponham logo as aulas.
Jornalista
No entanto, a dimensão do político maduro, determinado na defesa de princípios fundamentais, como a autoridade, a dignidade e a defesa da sociedade, só agora surgiu com essa greve lamentável de dois meses dos professores. Recuperou-se da perplexidade das manifestações iniciais, quando acompanhando outros prefeitos e governadores cedeu nos 20 centavos, mostra a face do político que assume as limitações orçamentárias e enfrenta uma máquina azeitada pela mentira, a intriga e a utopia. E o faz sabendo do apreço que todos nós — e ele mais do que ninguém — temos pelo professorado, que no Rio já está entre os mais bem remunerados do Brasil. Só que existem compromissos e deveres que compõem o orçamento municipal, e o pretendido, que seria até justo, é impossível ser atendido, como é do conhecimento das pessoas informadas e sérias. A greve é injustificada, como decidiu a Justiça.
A mais, tenta prestigiar de maneira definitiva o professorado através de política que consagra o mérito, a atualização, a assiduidade. Talvez, aí, a revolta dos que estão fora das salas de aula pelos mais variados motivos, inclusive por causa do exercício de mandato sindical.
Com essa endurecida sensata, o prefeito do Rio ganha dimensão nacional. A maioria silenciosa da população já não aguenta tanta greve, tanta invasão, tanta intolerância, vandalismo incorporado à vida das cidades, nesta escalada de se tirar a paz dos brasileiros em momento político e econômico delicado.
Eduardo Paes preferiu o respeito da sociedade ao aplauso fácil. Como um democrata de verdade. Que os professores reponham logo as aulas.
Jornalista
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