Celular ajuda na função de zelar pela saúde de idoso
Aparelho adaptado para uso na terceira idade tem sistema de socorro emergencial
Rio - Perder a autonomia é um dos maiores temores das pessoas que chegam à terceira idade, quando o contato com a tecnologia também não é dos mais fáceis. De olho em cenários como este, empresas especializadas já oferecem produtos específicos para idosos, como um telefone celular adaptado e equipado com um sistema de assistência à distância, que chegou ao mercado brasileiro há cerca de dois meses. Com GPS integrado, ele pode até garantir o resgate em casos de emergência.
O aparelho foi desenvolvido pela TeleHelp, especializada em serviços para a terceira idade, e possui teclado físico maior que o habitual, áudio amplificado e um botão de emergência na parte traseira. Quando acionado, o dispositivo entra em contato com uma central de atendimento que, se necessário, comunica a ocorrência à família. O celular funciona normalmente, utilizando o chip de uma operadora de telefonia móvel, e conta com um sistema de GPS para auxiliar na localização do usuário.
“Apesar de ser uma tecnologia de ponta, é adaptado para ser o mais simples possível”, explica o presidente da empresa, José Carlos de Vasconcellos.EM ADAPTAÇÃO
Entre o público que adquiriu o produto, o executivo destaca idosos que já haviam desistido de utilizar celulares e outros que estão tendo a primeira experiência com um aparelho. “As pessoas ainda estão se adaptando à tecnologia e acionam com frequência para testar, mas a resposta é positiva”, diz.
A aposentada Suzana Mota de Melo, 62 anos, há pouco mais de um mês utilizando o serviço, conta que sente-se mais segura com o celular. “Moro sozinha e já passei por um susto durante uma crise de labirintite. Em função disso, achei melhor tomar uma providência”, conta, ressaltando que o aparelho dá tranquilidade à filha. “Ela incentivou quando falei que compraria”, completou.
Quedas são o maior risco
A maior ameaça aos idosos são as quedas. “Elas têm de ser investigada, porque podem ser motivadas por vários fatores: ambientais, excesso de medicamento, problemas de visão e até desidratação”, explica o geriatra Homero Leite, do Hospital Adventista Silvestre.
O pronto-atendimento não só aos tombos, mas a todo tipo ocorrência médica, é importante. “O quanto antes a pessoa for atendida, mais positivo é o impacto do tratamento”, destaca.
Para os idosos que não têm serviços de assistência como o dos celulares adaptados, Homero recomenda manter telefones de parentes e clínicas preferenciais à mão, além de deixar familiares ou funcionários de sobreaviso. “Estar preparado para a emergência é fundamental”, concluiu.
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