quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Digital: Você paga R$ 4 mil pelo PlayStation?

Digital: Você paga R$ 4 mil pelo PlayStation?

Muita grana para um produto importado que custa US$ 400 lá nos Estados Unidos

NELSON VASCONCELOS
Rio - Pois o PlayStation4 vai chegar ao Brasil por R$ 4 mil. Muita grana para um produto importado que custa US$ 400 lá nos EUA. Mesmo assim, magoada com as críticas, a Sony, fabricante do PS, diz que 63% do preço são impostos (IPI, PIS, Cofins, ICMS etc) e que outros 22% ficam entre o varejista e o distribuidor. Bom para a concorrência — que atende pelo nome de Xbox One e chegará às lojas brasileiras em novembro ao preço sugerido de R$ 2.199. Está longe de ser barato, mas já é bem mais palatável. E depois falam em crise. 
PlayStation4 vai chegar ao Brasil por R$ 4 mil
Foto:  Arte: Hippertt
Curioso é que a Sony não reconhece, por exemplo, que 22% contêm um lucro considerável na maior parte dos produtos e serviços. Pelo contrário, a empresa chegou a dizer que, no fundo, vai perder dinheiro com o negócio. E desde quando isso existe? Que altruísmo é esse? 
Nas redes sociais, muita gente garante que é mais barato ir aos EUA, passear e trazer um PS4. Há quem diga também que o verdadeiro motivo para se cobrar tão caro é esvaziar os estoques do PS3, que ainda estariam disponíveis em boa quantidade. Numa rápida pesquisa, a gente encontra a versão anterior do console a R$ 1.200. Seria algo na filosofia do “Primeiro a gente compra o velho modelo, aí eles baixam o preço da novidade”. Pode ser.
Mas existem outras questões em jogo. O Brasil é um país de piratas. Cada cartucho de game custará R$ 179, o que é um convite para o mercado cinza, que se ramifica com muita facilidade. Para tentar diminuir esse prejuízo pingado, o jeito de fabricante e revendedores seria ganhar ao máximo na venda do próprio hardware, em vez de confiar na honestidade dos jogadores. Será?
A InfoExame fez um cálculo curioso: se o valor do videogame tivesse sido investido nas ações da CCR há dez anos, “hoje o investidor teria lucrado 2.064% e teria em mãos R$ 74.149”. Com esse dinheiro daria para comprar um Honda Civic, e sobraria o suficiente para uma viagem internacional. E uma piadinha que circula pela internet diz que o lado bom de o PS4 custar R$ 4 mil é que você vai economizar R$ 4 mil...
A mensagem, portanto, é esta: pare de brincadeira. Procure uma maneira melhor de investir seu dinheiro. E seu tempo, claro, porque tenho certeza de que ele é cada vez mais curto.
Novidades da Apple que eu não vou comprar
Uma das características que mais me interessam, no mercado de tecnologia, é que se trata de um mundo tremendamente dinâmico. Empresas, produtos e serviços nascem, fazem sucesso e morrem em dois tempos, e sempre há alguma novidade no horizonte.
O problema é que a indústria precisa sobreviver e, por isso, não dá nem tempo para a gente curtir as velhas novidades. E o pior é quando se dá o direito de apelar para a chamada obsolescência programada, controlando seu tempo de vida. Ou seja: você compra um produto e, quando menos espera, ele já estará irremediavelmente velho, obsoleto, lento, inútil.
A Apple, por exemplo, tem esse hábito muito feio. Meu iPad, por exemplo, já não pode mais ter o sistema operacional atualizado, porque a Apple decidiu que já tenho que jogá-lo fora. É como se uma montadora exigisse que você trocasse de carro a cada dois anos, por aí, ou corresse o risco de vê-lo morrer no meio da rua. E isso explica o título desta nota.
Por outro lado, vamos reconhecer: as novidades da Apple sempre enchem os olhos porque de design eles entendem. E sendo a gigante tecnológica que é, a empresa não pode passar em branco.
É por isso que vale aqui o registro: a Apple apresentou ontem, nos EUA, seu novo pacote de aparelhos. A surpresa fica por conta do iPad Air, com tela de 9,7 polegadas, pesando apenas 450 gramas, e que consegue ser 43% mais fino que a versão anterior. São 7,5 milímetros de espessura, com bateria aguentando dez horas de uso contínuo. Essa tentação chegará ao mercado americano já no próximo dia 1 de novembro. Como de costume, são oito configurações, com preços variando entre US$ 499 (16GB, só wi-fi) e US$ 929 (128GB, wi-fi e celular). Já o iPad Mini também ganhou tela retina, e sai a US$<MC1> 399, o mais barato.
Ainda não se sabe quando essas belas máquinas chegarão aqui ao mercado brasileiro.
Para quem gosta de esbanjar performance, a Apple apresentou também os novos Mac Pro, que custam a partir de US$ 3 mil nos EUA e devem chegar aqui em dezembro, custando entre R$ 6 mil (tela retina de 13 polegadas) e R$ 17.500 (tela retina, 16 polegadas), de acordo com a configuração.
Tem que ter muita bala na agulha.
Vai dar trabalho: a partir do próximo dia 27, domingo, temos que incluir o algarismo 9 antes do número dos celulares com DDDs 21, 22, 24, 27 e 28 (Rio e Espírito Santo).

    Tags: Digital

    Nenhum comentário: