Na TV, Dilma afirma que governo não está privatizando pré-sal de Libra
'O Brasil é e continuará sendo um país aberto a investimento nacional e estrangeiro', diz presidenta
Brasília - A presidenta Dilma Rousseff comemorou nesta segunda-feira o resultado do leilão da área de Libra - maior reserva de petróleo do pré-sal já descoberta no país - e disse que o governo não está fazendo privatização ao conceder o direito de exploração a um consórcio liderado pela Petrobras em parceria com empresas estrangeiras.

Presidenta afirma que país continuará aberto a investimento nacional e estrangeiro
Foto: Reuters
A licitação realizada nesta segunda-feira foi a primeira realizado pelo regime de partilha do pré-sal e recebeu a proposta de apenas um consórcio, também integrado pela anglo-holandesa Shell, a francesa Total e as estatais chinesas CNPC e CNOOC.
Sindicatos dos petroleiros estão em greve contra o leilão, manifestantes têm tomado as ruas e alguns grupos foram à Justiça para tentar cancelar o certame, chamando-o de privatização de recursos naturais preciosos para interesses estrangeiros."Pelos resultados do leilão, 85 por cento de toda renda a ser produzida no campo de Libra vão pertencer ao Estado brasileiro e à Petrobras, isso é bem diferente do que privatização", disse Dilma em rede nacional de rádio e televisão.
A Petrobras ficará com 40 por cento de participação, seguida pela anglo-holandesa Shell e a francesa Total, com 20 por cento cada uma, e as chinesas CNPC e CNOOC com 10 por cento cada.
Dilma aproveitou o pronunciamento para rebater as acusações de que o governo tem agido com intervenção exagerada na economia.
"As empresas privadas parceiras também serão beneficiadas, pois ao produzir essa riqueza vão obter lucros significativos, compatíveis com o risco assumido e com os investimentos que estão realizando", afirmou.
"O Brasil é e continuará sendo um país aberto a investimento nacional e estrangeiro", acrescentou a presidente.
O contrato de partilha para a área de Libra terá duração de 35 anos, dos quais quatro anos serão voltados para a fase de exploração e o restante destinado ao desenvolvimento e produção.
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