Presidente da Porto Novo: Não houve falha de segurança em roubo de vigas
José Renato Ponte afirma que concessionária não é responsável pelo roubo do material cujo valor pode chegar a R$ 14 milhões
Rio - Apontada pelo prefeito Eduardo Paes como a principal responsável pelo "desaparecimento" de seis vigas, de 20 toneladas cada uma, da demolição do Elevado da Perimetral, a concessionária Porto Novo se pronunciou nesta quinta-feira. O presidente do consórcio, José Renato Ponte, falou durante coletiva para o anúncio do plano de mobilidade do Centro do Rio.
"O consórcio não é responsável pelo roubo das vigas. Subestimamos (concessionária e Prefeitura) a capacidade da pessoa que fez isso, mas não se trata de falha na segurança. É provável que as vigas tenham sido partidas com maçarico e vendidas posteriormente como sucata", afirmou Ponte.
Ninguém sabe, ninguém viu. Embora seja uma ação impossível de ser feita de forma discreta, seis vigas de aço da demolição do Elevado da Perimetral, na Região Portuária do Rio, foram furtadas de um terreno que pertence ao Governo do Estado, no Caju. O crime foi comunicado, ontem à imprensa pelo prefeito Eduardo Paes, que classificou o episódio como “inacreditável”.
Ele exigiu providências da concessionária Porto Novo, que era a responsável pelo armazenamento das estruturas. “É um absurdo que isso tenha acontecido”, indignou-se.
Paes afirmou que se não houver recuperação das vigas, a Porto Novo terá que ressarcir a prefeitura. A Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdur) também solicitou ao consórcio providências sobre o caso.
As peças furtadas são parte das 26 mil toneladas de vigas de aço que serão retiradas dos mais de sete quilômetros do Elevado da Perimetral. De acordo com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ), ao todo, as estruturas metálicas têm um valor comercial, de no mínimo, de R$ 208 milhões.
Mesmo valiosa e com a “reputação” para a mobilidade, a edificação é avaliada, pela prefeitura, como prejudicial à ocupação da Zona Portuária, através do projeto Porto Maravilha, onde serão erguidos novos empreendimento imobiliários e de lazer.
"O consórcio não é responsável pelo roubo das vigas. Subestimamos (concessionária e Prefeitura) a capacidade da pessoa que fez isso, mas não se trata de falha na segurança. É provável que as vigas tenham sido partidas com maçarico e vendidas posteriormente como sucata", afirmou Ponte.
A investigação do caso foi encaminhada para a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), onde foi registrado pela Prefeitura e pela Porto Novo. O terreno onde o material era armazenado não possui câmeras de segurança e nem um agente responsável pela inspeção. O presidente da concessionária contesta ainda o valor estimado pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ) para as peças furtadas. "O Crea quando fala em R$ 14 milhões teria que estar falando em 900 vigas", afirmou Ponte, sem especificar um custo para o material.
Entenda o casoNinguém sabe, ninguém viu. Embora seja uma ação impossível de ser feita de forma discreta, seis vigas de aço da demolição do Elevado da Perimetral, na Região Portuária do Rio, foram furtadas de um terreno que pertence ao Governo do Estado, no Caju. O crime foi comunicado, ontem à imprensa pelo prefeito Eduardo Paes, que classificou o episódio como “inacreditável”.
Ele exigiu providências da concessionária Porto Novo, que era a responsável pelo armazenamento das estruturas. “É um absurdo que isso tenha acontecido”, indignou-se.
Paes afirmou que se não houver recuperação das vigas, a Porto Novo terá que ressarcir a prefeitura. A Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdur) também solicitou ao consórcio providências sobre o caso.
As estruturas estavam no local para serem reaproveitadas em outros patrimônios da prefeitura e, também, leiloadas a interessados no reaproveitamento. Em nota, a Porto Novo informou que “adotará todas as medidas cabíveis para apurar devidamente o caso”.
Material tem uma vida útil quase eterna
Mesmo sendo uma estrutura da década de 1970, a Perimetral foi feita com material de alto valor comercial. As vigas de aço, por exemplo, teriam uma durabilidade peculiar. Além disso, o aço roubado daria para erguer duas torres Eiffel.
Segundo o engenheiro Ildony Belley, um dos projetistas da estrutura, testes indicaram que cada viga perde apenas um milímetro de espessura em 180 anos, o que resultaria em uma vida útil “praticamente eterna”. O produto foi fabricado pela Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e conta com vanádio, um protetor contra corrosão, já que o elevado é próximo ao mar.
Um tesouro de R$ 280 milhõesAs peças furtadas são parte das 26 mil toneladas de vigas de aço que serão retiradas dos mais de sete quilômetros do Elevado da Perimetral. De acordo com o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ), ao todo, as estruturas metálicas têm um valor comercial, de no mínimo, de R$ 208 milhões.
Mesmo valiosa e com a “reputação” para a mobilidade, a edificação é avaliada, pela prefeitura, como prejudicial à ocupação da Zona Portuária, através do projeto Porto Maravilha, onde serão erguidos novos empreendimento imobiliários e de lazer.
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