Rio -  Os frequentes assaltos a alunos da Universidade Federal Fluminense (UFF) e a pedestres no bairro do Ingá, em Niterói, parecem ter atingido seu nível mais preocupante no último dia 14, quando uma estudante do curso de Economia foi rendida ao entrar no próprio carro. A jovem resistiu a uma tentativa de estupro e foi abandonada em um acesso ao Morro do Cavalão, em Icaraí. O episódio foi o ápice para que lideranças políticas, acadêmicas e militares se reunissem para discutir um plano emergencial de segurança para a região.
Segundo estudantes da UFF, as ruas do bairro têm a geografia perfeita para ações criminosas. Além de concentrarem os campus do Gragoatá e Praia Vermelha, além do de Direito e Ciências Biomédicas, a região abriga ainda escolas de Ensino Médio e prédios residenciais.
Patrulha no campus do Ingá: a PM prometeu manter policiamento atè às 23 horas no entorno dos campus | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
Patrulha no campus do Ingá: a PM prometeu manter policiamento atè às 23 horas no entorno dos campus | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
O estilo ‘alameda’ das vias, com muitas árvores e pouca iluminação noturna, faz com que sejam ideais para a tocaia de assaltantes, oriundos, sobretudo, das comunidades do Palácio, Estado e 94.
“Fui assaltado por um jovem, creio que menor de idade, com uma faca. Quem circula aqui já foi assaltado ou conhece alguém que foi”, revela o mestrando em Cardiologia da UFF Marcos Paulo.
Entre as promessas anunciadas pela PM estão o aumento no número de patrulhas e a permanência do policiamento até às 23h, a fim de resguardar a saída dos alunos do turno da noite, às 22h. A UFF passará a contar com um circuito interno de câmeras. Docentes e estudantes julgam as medidas insuficientes. Eles pedem mais iluminação nas ruas e vigilância 24h.