sábado, 8 de junho de 2013

Esperança renovada para pessoas com leucemia

Esperança renovada para pessoas com leucemia

Inca lança mapeamento genético de doadores, que permitirá localizar mais rapidamente medulas ósseas que sejam compatíveis com os pacientes

BEATRIZ SALOMÃO
Rio - Pacientes com leucemia poderão encontrar mais rapidamente doadores de medula óssea compatível. O Instituto Nacional do Câncer (Inca) lançou ontem a Rede HLA, um mapeamento com dados dos 3 milhões de doadores. “Tendo a característica do doente e o número de doadores com o perfil que ele precisa, poderemos indicar o nível de dificuldade. Isso ajudará o médico a determinar o melhor tratamento”, disse o diretor do Centro de Transplante de Medula Óssea (Cemo), Luís Fernando Bouzada.
Fernando, 5, ficou curado da leucemia graças ao doador Marcelino (D)
Foto:  Divulgação
Segundo ele, o mapeamento do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea inclui características étnicas (branco, negro, oriental, indígena) e genéticas, além da idade e do estado dos doadores. Cerca de 45% deles são brancos e a maioria tem entre 20 e 40 anos de idade.
Baseado no material, o Inca também fará campanhas direcionadas a grupos étnicos com baixa frequência de doação, para aumentar o número de medulas disponíveis. Sobre estas campanhas, Bouzada exemplifica que poderão ser feitas ações entre os orientais, que correspondem a 3,8% dos doadores.
A novidade marca os 30 anos do Cemo, amanhã. As chances de encontrar doador compatível fora da família subiram de 10% para 70%, entre 2003 e 2012. Diagnosticado com leucemia com 1 ano de idade, Fernando de Oliveira da Silva, 5 anos, conheceu ontem, no Inca, o doador da medula que salvou sua vida. Após anos de sessões de quimioterapia, o transplante foi feito em janeiro 2010 e o menino ficou curado. O doador, Marcelino Luis de Lima, mora em Goiânia. “Foi emocionante ver o homem que salvou meu filho. Agradeci e ele disse que faria tudo novamente”, disse Juliana de Oliveira, 33, mãe de Fernando.

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