Sobe para 24 o número de mortos por explosão de trem no Canadá
Polícia acredita que encontrará mais corpos
Canadá - As autoridades canadenses resgataram nesta quinta-feira os corpos de outras quatro vítimas do acidente ferroviário do último sábado na cidade de Lac-Mégantic, na província de Québec, o que eleva o número de mortos a 24, enquanto continua a busca por dezenas de desaparecidos.
Um porta-voz da Polícia Provincial de Québec (PPQ), o inspetor Michel Forger, disse que os investigadores completaram a busca de restos mortais em 50% da área do acidente e que agora têm que chegar às zonas mais perigosas, onde preveem encontrar mais vítimas. A polícia calcula que o número total de mortos no acidente será de 50.O acidente ferroviário, que pode se transformar no mais grave da América do Norte desde 1989 se forem confirmadas as previsões da polícia, aconteceu quando um trem sem maquinista e carregado com petróleo descarrilou e explodiu no centro de Lac-Mégantic.
O comboio, propriedade da companhia americana Montreal, Main & Atlantic Railways, era composto por cinco locomotivas e 72 vagões, segundo a empresa.
A explosão de vários vagões destruiu 30 edifícios do centro da cidade, incluindo um popular bar no qual, no momento do acidente, estariam até 50 pessoas.
O Escritório Legista de Québec informou hoje que a única pessoa cujos restos mortais foram recuperados e foi identificada é Elianne Parenteau, uma mulher de 93 anos de idade.
As autoridades de Lac-Mégantic anunciaram que amanhã autorizarão cerca de 600 moradores da cidade a retornarem para suas casas. Após o descarrilamento e explosão do trem, 2.000 habitantes utiveram que deixar seus lares.
O presidente da companhia proprietária do trem, Edward Burkhardt, responsabilizou ontem pelo desastre o maquinista, identificado como Tom Harding.
Segundo Burkhardt, Harding não aplicou todos os freios de mão necessários para manter o trem estacionado antes de ir dormir em um hotel de Lac-Mégantic, o que teria provocado que deslizasse ladeira abaixo e descarrilasse na cidade.
Porém, nem os investigadores do Escritório de Segurança do Transporte do Canadá ou a polícia de Québec confirmaram se as acusações de Burkhardt procedem.
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