Tecnologia aliada da saúde de três milhões de cariocas
Prontuário eletrônico da rede municipal permite que médicos controlem exames, remédios, vacinas e consultas de pacientes
Rio - Hipertenso, Luiz Silva, 63 anos, foi à Clínica de Saúde da Famíla da Rocinha na última quinta-feira. Com apenas ‘um clique’, a enfermeira Emília Moreira descobriu que ele não fazia exames de rotina desde julho de 2012 e solicitou novos testes. O caso não é pontual. O aposentado é um dos 3,1 milhões de cariocas que têm todos os dados registrados nos prontuários eletrônicos.
Implantada há cerca de quatro anos na capital, a tecnologia está nas 71 clínicas e em outras 114 unidades básicas de saúde da Secretaria Municipal de Saúde. Resultados de exames, remédios prescritos, vacinação, registro de consultas e pareceres médicos são atualizados em tempo real.
Além disso, o programa registra as características da residência do paciente (condições sanitárias, rua asfaltada) e informações que podem explicar doenças, como presença de animais em casa e até uma espécie de ‘árvore genealógica’ que revela enfermidades em parentes.
Guia para encontrar a unidade de saúde ideal
A modernidade aliada ao serviço de saúde não se restringe aos prontuários eletrônicos. No site da Secretaria Municipal há ainda um mapa especial com todas as unidades e um passo a passo sobre como chegar até cada uma delas.
De acordo com ele, pacientes atendidos sempre pela mesma equipe apresentam resultados melhores. Nas clínicas do município, entre 70% e 90% dos pacientes conseguem ser tratados pelos mesmos profissionais.
“Há continuidade no tratamento” - Talita Carneiro de Castro, médica da rede municipal de Saúde
“É muito bom poder ter acesso a todas as informações do paciente dentro de um prontuário que é atualizado constantemente. Consigo ver se o tratamento está surtindo efeito ou se é preciso mudar algo. O prontuário ajuda também quando preciso recuperar dados antigos, porque tudo fica armazenado e não perdemos informações que ajudam no atendimento.
Nas Clínicas da Família, há consultas com médicos e com enfermeiros, e o que cada profissional faz fica registrado, de modo que há uma continuidade no tratamento do paciente. Até se um analgésico é prescrito eu fico sabendo. Existe uma fórmula que me ajuda a calcular o risco cardiovascular de cada paciente. Eu coloco dados como glicose, idade, sexo pressão arterial e o programa calcula os riscos daquele paciente. Dessa forma, planejo as próximas consultas e a necessidade de exames.”
Implantada há cerca de quatro anos na capital, a tecnologia está nas 71 clínicas e em outras 114 unidades básicas de saúde da Secretaria Municipal de Saúde. Resultados de exames, remédios prescritos, vacinação, registro de consultas e pareceres médicos são atualizados em tempo real.
Além disso, o programa registra as características da residência do paciente (condições sanitárias, rua asfaltada) e informações que podem explicar doenças, como presença de animais em casa e até uma espécie de ‘árvore genealógica’ que revela enfermidades em parentes.
“Pelo prontuário, conseguimos uma lista completa de todos pacientes que estão com exames ou vacinas atrasadas. Com os nomes, fazemos uma busca ativa dessas pessoas, em casa e por telefone”, diz o subsecretário de Atenção Primária, Vigilância e Promoção da Saúde, Daniel Soranz.
Ele ressalta que o prontuário auxilia na estruturação de ações da secretaria e permite traçar um perfil epidemiológico de cada região. Segundo ele, o próximo passo é implantar o software nas farmácias da rede municipal. O objetivo é rastrear cada comprimido, desde a prescrição. “O remédio não poderá ser retirado em mais de uma farmácia com a mesma receita. E tudo será integrado ao prontuário eletrônico”, explica.
O Rio de Janeiro foi a primeira cidade do país a implantar a tecnologia. Atualmente, todas as Clínicas da Família já são inauguradas com o prontuário eletrônico. Para ser incluído, o paciente precisa apresentar CPF e data de nascimento. “Não é possível fazer atendimento de qualidade sem acompanhamento a longo prazo e individualizado. Por isso adotamos o prontuário.”
“Se o médico muda, o outro vai ter acesso ao meu histórico” - Heroneide Souza, dona de casa, 49 anos
“Tenho hipertensão desde 2000. Em 2009 comecei a ser acompanhada na Clínica da Família. Recebo visitas mensais em casa e o agente sempre faz perguntas sobre minha saúde. Me sinto mais tranquila por saber que todos os meus dados estão armazenados e que não há risco de eles se perderem. Se o médico mudar, o outro vai ter acesso ao meu histórico e dar seguimento ao tratamento.”Guia para encontrar a unidade de saúde ideal
A modernidade aliada ao serviço de saúde não se restringe aos prontuários eletrônicos. No site da Secretaria Municipal há ainda um mapa especial com todas as unidades e um passo a passo sobre como chegar até cada uma delas.
Na seção ‘Onde ser Atendido’, o paciente coloca o endereço de casa e, em segundos, aparecem todas as clínicas e postos de saúde mais próximos. Nomes de médicos e enfermeiros que trabalham nos locais também são divulgados.
Além disso, a partir de janeiro de 2014, agentes comunitários de saúde farão as visitas domiciliares munidos de smartphones e tablets. Segundo Daniel Soranz, o projeto deve começar em dez clínicas e vai permitir a atualização dos prontuários eletrônicos quase em ‘tempo real’.
“O profissional não vai mais perder tempo anotando no papel e depois digitando no computador”.De acordo com ele, pacientes atendidos sempre pela mesma equipe apresentam resultados melhores. Nas clínicas do município, entre 70% e 90% dos pacientes conseguem ser tratados pelos mesmos profissionais.
“Há continuidade no tratamento” - Talita Carneiro de Castro, médica da rede municipal de Saúde
“É muito bom poder ter acesso a todas as informações do paciente dentro de um prontuário que é atualizado constantemente. Consigo ver se o tratamento está surtindo efeito ou se é preciso mudar algo. O prontuário ajuda também quando preciso recuperar dados antigos, porque tudo fica armazenado e não perdemos informações que ajudam no atendimento.
Nas Clínicas da Família, há consultas com médicos e com enfermeiros, e o que cada profissional faz fica registrado, de modo que há uma continuidade no tratamento do paciente. Até se um analgésico é prescrito eu fico sabendo. Existe uma fórmula que me ajuda a calcular o risco cardiovascular de cada paciente. Eu coloco dados como glicose, idade, sexo pressão arterial e o programa calcula os riscos daquele paciente. Dessa forma, planejo as próximas consultas e a necessidade de exames.”
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