Após dois anos de tragédia, Serra não passou por reconstrução
POR FELIPE FREIRE
Rio - Dois anos após a maior catástrofe natural do país, que matou mais de 900 pessoas em enchentes e deslizamentos, a angústia de quem perdeu tudo na Região Serrana é alimentada por promessas feitas em vão pelo poder público. Até hoje, nenhuma casa foi erguida em Teresópolis ou Nova Friburgo. Pior: nos municípios ainda há 16 mil famílias em áreas de risco. Cansado de esperar, um grupo de agricultores decidiu agir por conta própria e recomeçar a vida.
Em Santa Rita, Teresópolis, população ainda vive em encostas de risco e prédios parcialmente destruídos há exatos dois anos não receberam obras. Mortos serão homenageados | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Parece o dia da tragédia, 12 de janeiro de 2011, mas o cenário de destruição é de ontem: nada foi reconstruído | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
Hoje de manhã, a comissão das vítimas de Teresópolis farão homenagem aos mortos no cemitério Vale do Paraíso. À tarde haverá manifestação na Praça Santa Tereza.
Sobrevivência difícil após a tragédia
Segundos os governos estaduais e municipais, 10,3 mil pessoas recebem aluguel social em Nova Friburgo e Teresópolis, 45 intervenções já foram realizadas em encostas, dez das 62 pontes afetadas foram recuperadas e mais de 1.900 casas ainda serão construídas.
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