Rio -  Caminhando para sua terceira luta pelo Ultimate, no dia 19, em São Paulo, Wagner Caldeirão se julga um desconhecido para o público brasileiro. Após um "no contest" (luta sem resultado) e uma derrota, ambas para Phil Davis, o meio-pesado, de 26 anos, quer sair das sombras do anonimato à glória. Para isso, o campineiro tem a motivação de competir em casa contra Ildemar Marajó e a ansiedade da espera pela primeira filha, Valentina, que deve nascer em maio.
Foto: André Luiz Mello / Agência O Dia
Wagner Caldeirão mostra confiança para a luta | Foto: André Luiz Mello / Agência O Dia
Quem o conhece no dia a dia sabe que Caldeirão é 60% emoção e 40% "punch". Seu soco é um dos mais potentes da Team Nogueira, quiçá do UFC. De bom coração e tendo a necessidade de mostrar que merece estar entre os melhores, ele conta que a vinda do bebê já mexe com sua vida.

“Deixo me envolver pela emoção e vou embora. Estou ansioso pelo nascimento da Valentina, nome forte, escolhido porque vem de valente. Se ela um dia lutar MMA vai dar trabalho”, brincou.

Com um cartel de oito vitórias, sete por nocaute, Wagner realizou duas lutas no UFC e não teve sucesso. Mesmo ainda engasgado com o americano Davis, ele só pensa em mostrar seu potencial.

“A derrota ainda é dolorosa, mas a uso para me dar vontade. Agora só falta a vitória para o público me conhecer melhor. Muitos viram o que aconteceu no UFC, mas não conhecem minha história. Está na hora de buscar o nocaute”, decretou.

Inicialmente, Wagner Caldeirão enfrentaria Roger Hollett no UFC SP, mas, após lesão do canadense, Ildemar Marajó entrou na briga.
“Preferia pegar um estrangeiro, mas não tem jeito, tenho que dar o meu melhor para conseguir a primeira vitória no UFC”, frisou, confiante.

Máquina sente a potência do campineiro

Algumas histórias engraçadas envolvem Wagner Caldeirão, descoberto por Minotauro após sua participação no quadro "Lata Velha", do "Caldeirão do Huck", da Rede Globo. Daí vem seu curioso apelido.

Um dos causos chocou crianças e adultos, embora Wagner só seja violento no octógono. Em evento beneficente na Team Nogueira, ele testou seu "punch" numa máquina que mede a potência do soco e quase quebrou o aparelho.

“Rapaz, afundei a parada”, disse, sorrindo.

Quando o assunto é Ildemar Marajó, ele espera o mesmo destino da máquina: “Quero que essa luta dure os três rounds e seja a mais sangrenta do UFC”.