Marina Lima volta ao Rio em show, exposição e livro
POR LEANDRO SOUTO MAIOR

Cantora fala de mudança na voz | Foto: Divulgação
Marina sempre falou abertamente sobre assuntos polêmicos, como sua bissexualidade, drogas e política, e no livro não é diferente. “Ser autêntica tem um preço. Aliás, tudo na vida tem um preço, até não ser verdadeiro. Mas vale a pena. Quando você tem a coragem de se expor, por mais que traga algum risco, a gente se sente contribuindo, ajudando as pessoas a formarem a sua própria opinião e de repente mudar o mundo. Essa sensação é que não tem preço”, define.
Na publicação, ela só não expõe os reais motivos que causaram a nítida mudança que ocorreu em sua voz — fato sempre creditado à uma assumida depressão que teve nos anos 90. “Nunca falei disso porque demorei muito para descobrir o que houve. Tive depressão realmente e, na mesma época, peguei uma gripe forte e tive que fazer uma aspiração de pus na garganta, mas não dei muita importância a isso. Mesmo depois que a depressão passou, continuei a sentir dificuldade de cantar, de respirar até, mas só recentemente descobri que havia uma fenda na minha garganta. Só pode ter sido causa de um erro médico naquela ocasião, afinal, como uma fenda aparece de uma hora para outra na sua garganta?”, questiona. “Não tenho raiva do médico, tive uma frustração, claro, mas fiquei acima de tudo aliviada por perceber que o problema da voz não era coisa da minha cabeça”.
Símbolo sexual
Mostra É Show
No mesmo dia da estreia da exposição, quarta-feira, Marina Lima canta seus sucessos no Imperator — a sala de shows do Centro Cultural João Nogueira. A apresentação marca sua volta ao palco da Zona Norte depois de mais de 20 anos. Foi lá que, em 1991, ela fez o show de lançamento do disco ‘Marina Lima’. “Este foi o primeiro disco em que assinei ‘Marina Lima’ (antes ela usava apenas Marina)”, ressalta.
“A Letícia Novaes, do grupo Letuce, vai cantar ‘Grávida’, vai ser muito especial”, conta, quase confundindo o repórter, que se surpreende ao achar que a Letícia está esperando bebê. “Não!”, descarta ela, às gargalhadas. “Ela vai cantar a minha música ‘Grávida’”, explica. Ah, bom!
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