Rio -  Sede da última Jornada Mundial da Juventude (JMJ), a Espanha enviou policiais ao Rio para trocar experiências e relatar problemas que ocorreram no evento católico em 2011.
Durante uma semana, 76 homens das polícias Civil e Militar, além da Guarda Municipal, participaram do curso Controle de Massa, no Batalhão de Choque, no Estácio, com os agentes europeus. Em Madri, os incidentes — a grande maioria manifestações anti-Igreja — registrados durante a visita do então Papa Bento XVI não chegaram a atrapalhar a programação.
Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
Policiais militares fazem simulações de confronto no Batalhão de Choque, no Estácio | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
“Não foi treinamento, mas um intercâmbio voltado para os grandes eventos que vão ocorrer aqui, como a Copa e as Olimpíadas. Os espanhóis têm protocolos de atuação diferentes da gente. Não tem como avaliar se é melhor ou pior. Lá, por exemplo, eles utilizam mais o confronto físico e menos gás lacrimogêneo para conter multidões”, explicou o comandante do BPChoque, coronel Fábio Souza. A Jornada no Rio ocorrerá entre 23 e 28 de julho.
A Secretaria de Segurança Pública garante que, até o final do ano, 4.520 policiais terão passado por treinamentos com agentes não apenas da Espanha como também dos EUA.
Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
O coronel Fábio Souza explicou que, em relação à Espanha, o uso de gás lacrimogêneo é mais comum aqui | Foto: Alexandre Vieira / Agência O Dia
O próximo curso será o de Uso Progressivo da Força. A expectativa é que, um ano antes da Rio-2016, nada menos que 12,6 mil policiais civis e militares – cerca de 22% do contingente atual — estejam em condições de formar uma tropa de elite com preparo para atuar em situações extremas, como ataques com armas biológicas.
O chefe da Brigada Central de Escoltas da polícia espanhola, Juan Francisco Molina, disse que a experiência foi positiva. “A polícia brasileira tem alta qualificação e está preparada para grandes eventos”.