sábado, 25 de maio de 2013

Hamilton Werneck: Caçada aos gênios

Hamilton Werneck: Caçada aos gênios

Procuramos os nossos gênios? O que fazem as escolas nesse sentido?

O DIA
Rio - Se somarmos as pessoas com inteligência superior que habitam a China e a Índia, encontraremos o dobro da população brasileira. Mas vale a pergunta: procuramos os nossos gênios? O que fazem as escolas nesse sentido?
Na verdade as nossas escolas regulares gostam de trabalhar com aquele aluno que se encontra entre o primeiro desvio-padrão positivo e negativo, quando distribuímos alunos numa curva de frequência. Os que apresentam dificuldade maior para aprender ou os que surgem com perguntas que denotam a genialidade não são atingidos pelas unidades escolares. São classificados como alunos que dão trabalho.
A última reunião nacional da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, realizada na Costa do Sauipe, na Bahia, reunindo secretários municipais, contou com a presença do ministro da Educação, professor Aloysio Mercadante. Em sua fala, informou sobre a plataforma do MEC que permite ao professor aprender inglês com o objetivo de poder ingressar com maior segurança no mundo científico.
Apresentou ainda a possibilidade de apoio aos alunos, já no Ensino Médio, sobretudo aos que apresentarem desejo de serem professores com licenciatura ou vocação científica. Baseia-se, entre outros dados, o nosso ministro nos resultados das maratonas de matemática com ampla divulgação e participação de estudantes brasileiros.
O aceno foi de bolsa de estudos no valor de R$ 400 para estimular os gênios, afirmando o titular da pasta que não podemos esperar pelo momento do Ensino Superior e que, portanto, já no Ensino Médio, deve o Ministério da Educação manifestar o seu apoio de modo concreto aos que apresentam vocação científica e motivação especial para as disciplinas chamadas científicas. Estaríamos no caminho dos países que procuram os seus cérebros, os seus gênios. Parece ser um bom momento!

Pedagogo e escritor


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