Cidinha Campos: Roleta-russa
Durante duas semanas, o Procon-RJ inspecionou ônibus do Município do Rio e no Grande Rio
Rio - Durante duas semanas, o Procon-RJ inspecionou ônibus do Município do Rio e no Grande Rio. Nossos fiscais autuaram 49 empresas e interditaram 267 ônibus. Tinha de tudo: pneus carecas; bancos soltos; lanternas quebradas; ausência de extintor; sujeira; multas, IPVA e documentação vencida — em alguns casos há muitos e muitos anos. O desrespeito ao consumidor flagrado pela Operação Roleta-Russa foi um insulto.
Exemplo? Quando chegávamos às garagens, por volta das quatro da manhã, encontrávamos os ônibus enfileirados, com motoristas ao volante, prontos para sair. Diante da constatação, pelos fiscais do Procon-RJ, de alguma irregularidade, os veículos tinham de ir para o fim da fila para ser autuados. Pois, numa dessas, um carro que ia saindo, pasmem, sem uma das janelas, foi lá para trás, e, em menos de dez minutos, quando o fiscal ia lavrar o flagrante, a janela já tinha sido colocada.
Se a empresa — rica, poderosa, com uma garagem imensa — foi capaz desse pit-stop digno de Fórmula 1 para não ser multada, por que então não fez isso antes? Por que preferia desfilar sua impunidade pelas ruas, humilhando consumidores e o poder público?
Uma dessas empresas, já no dia seguinte à interdição, nos procurou para liberar os seus ônibus. Em menos de 24 horas, pagou todas as suas multas e IPVAs vencidos. Houve uma corrida tão grande para substituir os pneus carecas que faltou produto no mercado.
Não faltam, porém, os renitentes: diante da imundície de um coletivo, a representante de uma viação disse a um dos nossos fiscais que a empresa não tem a obrigação de limpar os ônibus. Ah, não?! Ao saber que sujo ele não sairia da garagem, mandou limpar rapidinho.
Esse é só o começo. O Procon-RJ vai voltar a atacar. A Operação Roleta-Russa não vai parar. Peguem os baldes e os esfregões, senhores!
Secretária estadual de Promoção e Defesa do Consumidor
Exemplo? Quando chegávamos às garagens, por volta das quatro da manhã, encontrávamos os ônibus enfileirados, com motoristas ao volante, prontos para sair. Diante da constatação, pelos fiscais do Procon-RJ, de alguma irregularidade, os veículos tinham de ir para o fim da fila para ser autuados. Pois, numa dessas, um carro que ia saindo, pasmem, sem uma das janelas, foi lá para trás, e, em menos de dez minutos, quando o fiscal ia lavrar o flagrante, a janela já tinha sido colocada.
Se a empresa — rica, poderosa, com uma garagem imensa — foi capaz desse pit-stop digno de Fórmula 1 para não ser multada, por que então não fez isso antes? Por que preferia desfilar sua impunidade pelas ruas, humilhando consumidores e o poder público?
Uma dessas empresas, já no dia seguinte à interdição, nos procurou para liberar os seus ônibus. Em menos de 24 horas, pagou todas as suas multas e IPVAs vencidos. Houve uma corrida tão grande para substituir os pneus carecas que faltou produto no mercado.
Não faltam, porém, os renitentes: diante da imundície de um coletivo, a representante de uma viação disse a um dos nossos fiscais que a empresa não tem a obrigação de limpar os ônibus. Ah, não?! Ao saber que sujo ele não sairia da garagem, mandou limpar rapidinho.
Esse é só o começo. O Procon-RJ vai voltar a atacar. A Operação Roleta-Russa não vai parar. Peguem os baldes e os esfregões, senhores!
Secretária estadual de Promoção e Defesa do Consumidor
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