sexta-feira, 24 de maio de 2013

'Dois palanques é esquizofrenia'


'Dois palanques é esquizofrenia'

Sérgio Cabral rebate ameaça de apoio a Aécio Neves se Lindbergh sair candidato no Rio

AURÉLIO GIMENEZ
Rio - O governador Sérgio Cabral (PMDB) afirmou ontem que “é esquizofrênico” Dilma ter dois palanques no Rio durante a campanha presidencial. Cabral se referia à possibilidade de confronto, na corrida por sua sucessão, entre o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e o senador Lindbergh Farias (PT). Mas assegurou que ninguém fará intriga entre ele e Dilma e negou que tivesse ameaçado apoiar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) na eleição para presidente em 2014, caso o senador petista mantenha a candidatura ao Guanabara. As declarações foram feitas em um evento na Federação das Indústrias do Rio (Firjan).
Segundo ele, os nomes e as possíveis candidaturas para 2014 foram lembrados em uma conversa natural no jantar entre governadores, ministros e políticos do PMDB, terça-feira, em Brasília. “Falamos da Marina (Silva), do governador (de Pernambuco) Eduardo Campos (PSB) e do Aécio. Foi uma troca de ideias e acrescentei que o Aécio é meu amigo e que meus filhos mais velhos têm o sobrenome Neves”, afirmou.
Cabral lembrou que em 2006 ele e o senador do PSDB estiveram em palanques diferentes tanto para eleições presidenciais quanto estaduais e municipais. Afirmou que ainda acredita em um entendimento entre o PMDB e o PT no Rio, mas ressalvou que não pode haver projetos pessoais, ao se referir às pretensões de Lindberg. O governador disse ainda que, em 2008, quando lançou o nome de Paes à Prefeitura do Rio, o então candidato tinha índice baixo de intenções de voto. “Paes não tinha nem 7% nas pesquisas e vencemos”, afirmou.

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