A atriz americana Angelina Jolie, que está na Turquia, agradeceu ao país nesta quinta-feira pela generosidade com a qual tem tratado os refugiados da Síria em seu território, criando acampamentos e dando condições de vida básicas para as vítimas do conflito.
"Os campos são impressionantes, não vi nada similar em outros lugares", afirmou a atriz, que como embaixadora de boa vontade do Alto Comissariado da ONU para os Refugiados (Acnur) visita os exilados na Turquia.
Em declarações divulgadas pela agência turca "Anadolu", Angelina agradeceu "à Turquia e ao povo turco" por abrirem suas fronteiras às famílias afetadas pelo conflito sírio.
A atriz lembrou que em junho do ano passado tinha visitado um campo de exilados sírios, mas assinalou que "agora há dez vezes mais refugiados".
Enviada especial da Acnur conhece um grupo de refugiados sírios no Líbano | Foto: EFE
Enviada especial da Acnur conhece um grupo de refugiados sírios no Líbano | Foto: EFE
"Estamos em dívida. Falei com muitas famílias e com crianças. Eles também estão em dívida com o povo e o governo turco. São emocionais e estão muito preocupados pelo que ocorre na Síria, por seus parentes que seguem ali", disse. António Guterres, alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados e ex-primeiro-ministro de Portugal, que acompanha a atriz, também ressaltou o "exemplo de generosidade" da Turquia, embora tenha afirmado que o povo sírio "tem direito" a ela.
Após passar cerca de quatro horas no acampamento de OncUpinar, na província de Kilis, Jolie e Guterres se dirigiram ao acampamento de Islahiye, na vizinha província de Gaziantep, que atualmente abriga 7.943 refugiados, segundo dados da Direção de Emergências e Desastres da Turquia (AFAD) divulgados nesta quinta.
No total, a Turquia acolhe 80.177 refugiados sírios registrados em doze acampamentos. Angelina Jolie, que iniciou sua viagem na segunda-feira na Jordânia e ontem visitou exilados sírios no Líbano, deve se reunir amanhã com o presidente da Turquia, Abdullah GUl, na capital do país.
Com informações da EFE