Rio -  O zagueiro Dedé e o atacante Caio precisaram deixar a cidade de Volta Redonda para vingar no futebol. Enquanto o defensor se firmou no Vasco e chegou à seleção brasileira, o jovem atacante teve que trocar o Botafogo pelo Figueirense para provar  sua vocação de artilheiro. Mas a amizade de velha data e muitas pescarias será deixada de lado quando a bola rolar neste sábado, às 18h30, em São Januário.
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Não é história de pescador... Dedé e Caio vão se reencontrar na Colina | Foto: Divulgação
Enquanto o Gigante da Colina precisa da vitória para manter vivo o sonho do título, o Figueirense busca desesperadamente os três pontos para fugir do rebaixamento.

“Se depender de mim, o Caio vai voltar mais triste para casa”, brinca Dedé, após saber que o amigo pediu para ele aliviar neste sábado.

“A gente sabe do poder do Figueirense. É um time muito chato de jogar. Tem uma pegada forte, mas estamos preparados e vamos jogar em São Januário, onde somos fortes, para vencer”, acrescenta.

Além de buscar os três pontos, Dedé quer fazer as vezes de goleador, como o amigo Caio.

“Estou com saudade de comemorar e ver a torcida do Vasco vibrar com um gol meu. Não fiz nenhum no Brasileiro ainda e se Deus quiser vai sair contra o Figueirense”, projeta o zagueiro.

Mas, se depender do atacante do Figueirense, a história será bem diferente.

“Eu digo sempre que o momento dele é muito bom. O Dedé tem jogado bem em todos os jogos, mas tomara que eu possa ser mais feliz do que ele nesta partida”, diz o atacante que, para levar a melhor sobre o zagueiro, terá que quebrar uma escrita.

“Eu nunca consegui vencer o Dedé. É a quarta partida que jogo contra e ele ganhou duas e empatou uma. Eu também nunca fiz gol no Vasco, espero que possa quebrar esses tabus neste jogo”, sonha o atacante, que já marcou oito gols nesta edição do Campeonato Brasileiro.

A rivalidade só é deixada de lado na véspera da partida quando a dupla se lembra de pescaria recente na fazenda de um amigo em comum.

“A foto não é mentira de pescador, nós pegamos realmente os peixes e nos divertimos muito”, garante Dedé.

O zagueiro espera fisgar neste sábado um peixe bem diferente: de três pontos, e não de três quilos.