Rio -  Atenção redobrada e tranca nas portas. Dois ladrões, especialistas em roubar relógios e joias de residências, tem invadido imóveis no Recreio dos Bandeirantes, na Zona Oeste, e são procurados pela polícia.

A última vítima, um empresário, perdeu mais de R$ 80 mil. O crime ocorreu na tarde do dia 20, quando criminosos invadiram o prédio dele. O caso foi registrado na 42ª DP (Recreio), e um dos acusados acabou identificado através das impressões digitais.

Segundo A., morador da Rua Coronel João Olintho, as câmeras do edifício registraram a chegada dos ladrões, por volta das 14h. Apesar do sol e tempo quente, os bandidos utilizaram um guarda-chuva para evitar serem reconhecidos.
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Suspeitos chegaram a prédio usando um guarda-chuva: em vão, pois câmera registrou o rosto dos dois | Foto: Reprodução
Com uma barra de ferro, arrombaram uma das portas do prédio e apenas forçaram outra. Nas escadas, seguiram para o primeiro apartamento que viram, justamente o do empresário, que estava com a porta destrancada.

“Eles entraram e falaram que iam montar um móvel. Desconfiada, minha empregada, que estava acompanhada de um estofador, retrucou. Foi quando sacaram a arma e os renderam", contou A.

Com as vítimas trancadas em um dos quartos, um criminoso começou a revirar outros cômodos. De acordo com o empresário, foram roubados pelo menos 35 relógios de marca, anéis de brilhante, cordões e pulseiras de ouro. “Os eletrônicos foram simplesmente ignorados, assim como outros objetos de valor”.

Os investigadores conseguiram encontrar digitais em uma porta de vidro. As imagens também auxiliaram na identificação de um suspeito. Veja o vídeo abaixo
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Número de roubos aumenta 137,5%

Segundo o Instituto de Segurança Pública (ISP), entre janeiro e agosto deste ano, o número de roubos a residências na área da 42ª DP, cujo patrulhamento é feito pelo 31º BPM (Recreio), subiu 137,5%, se comparado aos oito primeiros meses de 2011. Ao todo foram registrados 19 casos, contra 8 no ano passado.

O destaque negativo de 2012 fica para março e junho, quando, respectivamente, cinco e quatro casas foram invadidas. “Roubos na vizinhança são frequentes”, frisou A., que acredita na participação de conhecidos no crime.